quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Formas de relacionamento e comunicação na sala de aula

  Forms of relationships and communication in the classroom space                                

                                                                      Maria Helena 

Este artigo é parte dos estudos realizados no curso avançado Especialista em Relacionamentos (IBPC). Objetiva refletir sobre as formas de comunicação em sala de aula. A base teórica se encontra nas aulas dos cursos: Relacionamentos; Personalidade; Psicanálise e Supervisão. Ainda demais reflexões elaboradas a partir de outros autores.

Os quatro tipos de relacionamentos considerados não saudáveis são: a) Tóxicos, onde oscila o autoritarismo entre os dois envolvidos, há momentos em que um está no “poder”, momentos em que o outro assume este “poder”. b) Abusivos, onde um somete abusa de seu suposto poder e o outro se subjuga a isso. c) Dependência Emocional, aquele em que um deposita toda a sua autonomia no outro. d) Disfuncionais, aquele em que prevalece a indiferença entre ambos.

Para considerar um tipo de relacionamento se deve observar muitos indicadores: perfil de personalidade, mecanismos de defesa, prevalência da psique, se feminino, masculino. Um indicador principal é o sofrimento do ser e a sua percepção de sua história, se está se reconhecendo, como é em sua essência.

Os relacionamentos entre seres humanos podem ser:  familiar, casal, pai-filho, mãe-filho, irmãos; no trabalho: colegas, chefia, subordinados. Dependendo do ambiente, mudam muitos apontadores. Verificar o relacionamento deste sujeito, como se comporta em casa, com os amigos, no ambiente de trabalho. Portanto, não é possível simplesmente ouvir do sujeito, comparar com uma tabela e pontuar um tipo de relacionamento, se tóxico, abusivo, disfuncional ou dependente. Se faz necessário um estudo completo, percebendo a complexidade de elementos.

Assim, os relacionamentos possuem histórias próprias. Aqui farei um recorte sobre a relação professor-estudante, há um relacionamento específico. O professor é um profissional, formado para o ensino, contudo, a concepção do papel social da escola, tem se transformado muito, assim como a ciência.

O papel docente no emaranhado sócio-histórico é crucial, porque para além do conhecimento didático, metodológico, há que se pensar que subjacente a isto há um posicionamento político e filosófico.

Para Moscovici (2007) a visão do social ultrapassa o conceito de coletivo. Se a psicologia social revela o pensamento científico pressupondo que os sujeitos se utilizam somente do cognitivo, essa visão científica, se torna limitante. Um sujeito possui reações que lhe são próprias, não há possibilidade em seguir uma dimensão rígida, pois há transformação não somente na natureza, mas nas formas de encarar fatos e situações.

Em cursos de formação docente há um item importante que é a comunicação. A linguagem, permite que as relações e os afetos sejam compreensíveis, através das palavras. Além disso, o pensamento e a linguagem, mesmo sendo habilidades diferentes oferecem sentido às expressões linguísticas. Assim, para Freud, a linguagem é um fenômeno necessário para a realidade humana.

Na sociedade contemporânea, onde a individualidade deu lugar ao egoísmo, manter um relacionamento harmônico está bastante complexo. Há uma relação de poder implícita, principalmente no ambiente de trabalho.

Uma sociedade é formada por vários minigrupos, que se agregam conforme uma identidade mútua entre esses elementos, assim, sentem-se representados pelos mesmos. Não significa afirmar que um indivíduo ou subgrupo aceita os pontos de vista de um grupo e dos que o representam. “Toda opinião diverge, todo juízo diferente representa um desvio em relação ao que é real e verdadeiro. Inevitavelmente é o que acontece quando o juízo emana de um indivíduo ou de um subgrupo minoritário.” (Moscovici, 2011, p.15

De acordo com Jovchelovitch, não existe uma simetria ao transmitir informações, pois não há uma passividade, há interação. Acreditar em conhecimento absoluto, científico ou não cristaliza o ato de conhecer. “Os processos representacionais são uma conquista da comunicação”. (2008, p.177)

O sujeito necessita ter consciência de si e a perspectiva do outro sem trazer para o diálogo somente as suas. “É no diálogo e na comunicação entre diferentes saberes que reside o potencial para decidir o que é certo ou errado, verdadeiro ou falso, aceitável ou inaceitável.” (Jovchelovitch, 2008, p. 211)

No espaço escolar, vislumbra-se que a comunicação tenha uma fluência harmônica, devido a formação acadêmica do docente. Contudo, aprender a comunicar acontece desde a vida infantil deste professor/a. A formação acadêmica não consegue desfazer isto, enquanto não houver a percepção de si, daquele que comete a ação.

Em uma sala de aula o objetivo é a aprendizagem do estudante. Há um planejamento das atividades, contudo é a comunicação que transversaliza o processo de ensinar.

O/A professor/a é um ser humano e, como tal, passou pelo seu desenvolvimento psicossexual, de acordo com a psicanálise freudiana. Portanto, este profissional adulto pode ter muitas feridas escondidas, se utilizando, por vezes, de muitos mecanismos de defesa. Este ser complexo, continua com sua personalidade, independente da formação acadêmica. Assim, a estrutura cerebral, biológica do homem e da mulher, bem como a psiquê feminina e psiquê masculina, (aqui não se trata de gênero) baliza o comportamento do sujeito.

Diante ao exposto, os relacionamentos que acontecem em salas de aula, em que o/a docente deveria ser o “adulto” da relação, percebe-se que, muitas vezes não exerce esse papel, mesmo que esteja trabalhando com crianças e adolescentes. Pois este “adulto” pode trazer a sua criança ferida à tona.

Quando se trata de salas de aulas de jovens e adultos, com relação ao comportamento do estudante, espera-se maior responsabilidade e autonomia desse, no entanto, pode haver ali muitas “crianças feridas” lidando com suas dores, tentando se defender e, uma aula baseada em diálogo, pode tornar-se em relacionamentos: abusivos, tóxicos, dependentes e disfuncionais. Situações nas quais nem docente e nem estudante conseguem se manter em um papel de adulto.

Assim, em muitas salas de aula onde o desrespeito impera, há uma indicação em que não há um relacionamento saudável, existe, sim, muito sofrimento. E a escola, no geral, não percebe a situação desta forma. Por não haver programas de formação continuada ao docente, neste sentido, o docente possui dificuldade em lidar com situações, em que a sua criança ferida é colocada em “xeque”, e esse acaba reproduzindo as expectativas indicadas pela sociedade. Há um distanciamento grande entre as produções teóricas e o fato: crianças feridas pedindo ajuda.

As escolas precisam incluir o docente como ser humano, não somente cognitivo. A empatia por tais profissionais precisa ser a emocional, para poder contribuir em seu desenvolvimento humano.

 

Referências bibliográficas:
GUARESCHI, P. A.; Amon, D.; Guerra, A. (2017). Psicologia, comunicação e pós-verdade. Florianópolis: ABRAPSO.
JOVCHELOVITCH, S. (2008). Os contextos do saber: representações, comunidade e cultura. Petrópolis, RJ: Vozes.
MOSCOVICI, Serge. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis: RJ, 2007.

IBPC -Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica

 

 

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

O QUE É LIDERANÇA PARA VOCÊ?

       What is leadership for you?

 Maria Helena

A pergunta foi feita aos participantes de um curso, em um site da internet. Então decidi refletir sobre o tema.

Direto: o líder é o que diz: "faço" e não: "faça". Não entrarei no mérito de variados autores que tratam do assunto, nem dos termos, pois o importante é o conceito.

A humanidade é um grupo que se movimenta de maneira não homogênea e nem linear, tendo, porém, seus valores para guiarem as suas práticas. Portanto, não se deve criticar um período histórico e seus valores por não os termos vivenciado, compreendido. Devemos conhecer, nos apropriarmos dos registros deixados. Quem  registrou?

Ainda que os termos se transformem ao longo da história, a prática sobre um conceito se modifica, quando se entende que, de fato, interferirá na vida dos sujeitos.

Assim, podemos falar de líderes políticos, religiosos, entre outros. Líderes de mercado, é um exemplo que ocupa muitos espaços nas mídias sociais e na academia.

Tratar de liderança no contexto contemporâneo é falar de humildade, da segurança de quem não sabe o todo, mas está a cada dia aberto às demandas. Na atualidade o conceito científico está validado, certificado. Porém, atende as ações do cotidiano? As representações, significado para diferentes significantes, ou quem traz a demanda? Na ação, o que representa a liderança? Aquele que dirige a sua equipe sabe fazer o trabalho de cada um, a fim de intervir quando necessário, inclusive para substituí-lo? Se reúne para escutar realmente? Ou somente para repasse de informações? Sabe distinguir a diferença entre autoritarismo (escuta interna, decisões focadas em si, medo de perder o cargo) e autoridade (escuta o outro, sem medo), aquele que possui conhecimento? Permite ser avaliado para poder aprimorar na função? Aqui um fator importante, a avaliação deve ser proposta por profissionais que compreendam o que são indicadores, utilizam instrumentos

Saber ouvir no tempo certo e com o diálogo pautado em valores nobres, sem querer ser o “chefe bonzinho”, porém, ser um líder ético.

A liderança é um exercício diário de reflexão sobre a prática. Não é uma relação vertical, é um horizonte, meta para onde todos que ali estão caminham, pautados pela missão, visão da empresa.

É possível perceber muitos profissionais com vários títulos, porém são meros chefes. Pensa, analisa, desconfia, não consegue confiar em si mesmo e acaba por não confiar em seu grupo. Não há sensibilidade no olhar para observar as cenas, não há planos de trabalho, baseia-se por estatísticas, sem analisar o movimento por trás dos números.

O líder reconhece o movimento, vê pessoas, seres humanos, colegas que, naquele momento o veem como alguém que ali está para orientar, pensar junto, ensinar. Aquele que cumprimenta desde o presidente da empresa aos funcionários da limpeza com a mesma empatia, por os reconhecerem como semelhantes.

O verdadeiro líder alicerça toda a sua ação em valores humanos nobres, sem perder o profissionalismo.

 

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Coordenador Pedagógico atual: realidade e desafios

 Maria Helena 


               A história da educação é rica com relação às suas transformações. No que se refere aos seus dirigentes, para cada contexto histórico, os valores determinam as formas e normas vigentes, inclusive as relações interpessoais, em todas as instituições e a escola não poderia ficar ausente deste assunto.
              As várias alterações sofridas na estrutura e funcionamento das instituições escolares, decorrentes de legislação, e questões sócios culturais, esboçam na atualidade um perfil que, ainda, busca uma definição. Pois, embora a escola seja uma organização, não é designada como empresa. Mesmo com funcionários e prestadora de serviço, seu papel social são a condiciona ao funcionamento de uma empresa. Porquanto, os papeis sociais exercidos por seus colaboradores obedecem a perfis alcunhados por outras literaturas.
            Por menor que seja a escola, ela cumpre o mesmo papel, proporcionar o processo ensino aprendizagem, por isso está atrelada a uma série de leis, constituição federal, LDB, ECA, lei de acessibilidade, entre as leis complementares. Estando localizada em determinada comunidade estabelece uma relação com os moradores, comercio e demais instituições em seu entorno. Ainda, estabelece relacionamento, internamente com os estudantes, pais, professores e funcionários. Sendo o articulador principal de uma unidade escolar a equipe diretiva, quer composta apenas por um profissional ou tendo uma equipe composta por assessores e demais técnicos, como psicólogos, orientadores, supervisores ou coordenadores pedagógicos.
            A atualidade exige da escola mais que transmissão de informações, porquanto seus profissionais devem possuir além de uma formação técnica de excelência, um perfil de pesquisador. No contexto atual as transformações são instantâneas e com pouca durabilidade. O que exige dos gestores escolares estarem a frente das informações, tendo conhecimentos de toda ordem.
            Este texto definirá o profissional aqui descrito como coordenador pedagógico, aquele que vem assumindo a vida na escola no quesito pedagógico: planejamentos, avaliação, relações interpessoais,...
            Primeiramente este profissional deve conhecer-se saber de suas potencialidades e fragilidades, para tentar superá-las, ou seja, uma boa relação intrapessoal. A seguir uma relação interpessoal saudável, para tanto, utilizar da empatia nas relações que são estabelecidas no ambiente escolar, com seus pares, professores, direção, estudantes, pais e comunidade externa.
            O coordenador pedagógico diariamente está envolvido em conflitos, não se entendendo como brigas e sim como divergência de ideias entre as pessoas, cabe a ele fazer a mediação de forma respeitosa, independente de hierarquia. Ser autoridade, sem utilizar do autoritarismo. Assim, deve ser ético, responsável e conhecedor de suas funções.
           Uma de suas atribuições é orientar o professor quanto ás questões pedagógicas da instituição, desde a sua chegada. Acolher o professor apresentar-lhe a escola suas políticas e normas, as formas de planejamento.

Alguns passos fundamentais:

• Acolher o professor desde seu início na instituição;
• Ouvi-lo em suas dúvidas e não simplesmente falar;
• Mostrar-lhe o organograma da escola, apresentando-lhe as pessoas com suas respectivas atribuições;
• Apresentar-lhe o Regimento, indicando deveres e direitos de estudantes e professores;
• PPP – indicando tudo que está diretamente ligado a sua função – teoria de aprendizagem de acordo com a proposta curricular, formas de elaborar o planejamento, como proceder com a avaliação processual.
• Legislação com relação à assiduidade dos estudantes
• Atribuições fora da sala de aula: conselho de classe, eventos, Mostras, Feiras, conversas com pais, reuniões pedagógicas, entre outros;
• Deixar claro que, mesmo o professor tendo muita experiência em outras instituições, esta é nova para ele, portanto deve conhecê-la para elaborar o diagnóstico, saber de sua cultura e rotina para fazer as intervenções de forma coerente.
• Colocar-se à disposição para qualquer dúvida.

Perfil profisssiografico/personológico para exercer tal atribuição;

• Honestidade e Sinceridade;
• Humildade;
• Observador;
• Organizado;
• Fazer uso de empatia;
• Saber ouvir sem estereótipos;
• Conhecedor de sua função;
• Pesquisador das questões pertinentes à sua atribuição;
• Saber trabalhar em equipe;
• Administrar conflitos, harmonizando com tranquilidade;
• Respeitar todos, independente de cargo, função ou conhecimentos;
• Fazer encaminhamentos e devoluções aos envolvidos;
• Saber planejar e Cumprir prazos e planejamentos;
• Ser paciente nos processos, sem ser passivo;
• mediar conflitos com tranquilidade e segurança com a sua equipe;
• Ser ético e justo;

Atribuições

Coordenador de curso

• Conhecedor da LDB, Lei Complementar e demais normas e resoluções de seu curso;
• Domínio das diretrizes curriculares nacionais de seu curso;
• Conhecedor do PPP e Regimento Escolar;
• Ser o elo entre direção e docentes;
• Definir com sua equipe o perfil de egresso a partir de documentos legais;
• Elaborar em conjunto o planejamento de curso;
• Orientar na elaboração dos planos de ensino, plano de aula, preenchimento do diário de classe dos docentes de seu curso;
• Acompanhar o desempenho dos docentes;
• Participar do pré conselho de classe;
• Acompanhar trabalho da OE referentes a estudantes de seus curso;
• Se interar de questões de conflitos entre docentes; e docente e estudante;
• Cumprir e fazer cumprir as combinações coletivas.
• Participar e coordenar eventos, Mostras, Feiras, conversas com pais, reuniões pedagógicas, entre outros de seu curso;

Coordenador de laboratórios/ateliês

• Conhecedor do PPP e Regimento Escolar;
• Conhecedor das matrizes curriculares dos cursos (devido conteúdos/prioridades);
• Responder por todas as atividades, tarefas, problemas deste espaço;
• Elaborar calendário de utilização do espaço, cumprindo e fazendo cumprir;
• Manter atualizado instrumentos e recursos necessários;
• Conservar instrumentos e recursos em bom estado de utilização;
• Cumprir e fazer cumprir as normas daquele ambiente;
• Executar os encaminhamentos necessários a sua atribuição;
• Manter seus superiores informados da condução de suas tarefas.
• Participar de reuniões pedagógicas,

O coordenador pedagógico e a formação continuada

        O coordenador, pelo fato de ter uma atribuição que lhe permite contato com todos os docentes e equipe diretiva, por meio de sua observação, deve ser capaz de detectar dificuldades e fragilidades no processo, elaborando assim possibilidades de estudos para este grupo. Indicando textos, leituras, reuniões de estudos ou mini cursos, partindo sempre das necessidades do grupo.
Pensar em formação continuada, não necessariamente tenha que encaminhar os docentes para eventos fora da instituição, contudo permitir o encontro dos mesmos, que possam partilhar suas dúvidas e socializar sua prática, o que dando bons resultados.

         Concluindo, a equipe composta pelos coordenadores, deve pautar-se no PPP para ter uma prática única, no sentido que não haja divergência em orientações normativas e políticas da instituição, pois isso pode fragilizar a própria equipe, perdendo credibilidade diante do quadro de docentes e estudantes. Deve reunir-se com frequência, iniciando pela organização do calendário e planejamento geral da escola no início do ano.
        Organizar um grupo de estudos para problematizar suas questões transformando em necessidades e ações. Estudar a própria prática a fim de aprimorá-la. Criando um código de ética entre colegas para que não haja “panelas” dentro da equipe.
          A função de um coordenador na instituição escolar na atualidade é um desafio edificante, pois traz inúmeras possibilidades de desenvolvimento como profissional e como ser humano.


REFERENCIAS:

Sandra Nicastro, Marcela Andrezzi; Asesoraimento pedagógico em accion –
Tardif Maurice, Saberes docentes e formação profissional –
Eliane Bambini Gorgueira Bruno (org); O coordenador pedagógico e a educação Continuada –
Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia.

A docência no ensino superior

                                                        Maria Helena 


           De um espaço dedicado à informação, a educação superior se transforma com a sociedade.
          A constituição Federal, denominada constituição cidadã, e a LDB, em consonância, traz em seu texto toda uma abordagem democrática. A LDB indica entre as atribuições das instituições, a de elaborar e executar a proposta pedagógica e a de cuidar para que seja cumprido o plano de trabalho de cada docente. Ou seja, outorga à instituição autonomia para desenvolver um trabalho pedagógico que abarque atender as demandas atuais, em conformidade com a legislação em vigor.
           Neste sentido, é que se faz necessário uma reflexão permanente de seus atores sobre a sua prática. Emergindo, os termos utilizados, no projeto político pedagógico como: sujeito crítico, propositivo, cidadão, assim este profissional deve testemunhar seu trabalho, deve estar balizado na cidadania, crítica e proposição. No entanto, a base teórica para consolidar-se na prática, ainda, necessita romper com algumas barreiras: A herança conservadora da prática pedagógica que permeia o fazer dos professores leva a confusão do limiar entre autoridade e autoritarismo. Qual o papel do docente no ensino superior?
           No caso das universidades, desenvolvendo a formação de profissionais, sua proposta pedagógica permeando a interdisciplinaridade, contextualização e problematização, pautada no tripé: ensino, pesquisa e extensão. Por conseguinte, demanda uma metodologia capaz de sustentar tais termos. Para promover este processo, o docente deve compreendê-lo e vivenciá-lo diariamente em suas aulas.
           A sociedade atual, imersa em informações, necessita de um campo que consiga fazer a triagem e indicar as necessidades exequíveis e o que pode ser descartado. O papel social da instituição de ensino superior deve transcender a informação, contudo propiciar um ambiente desafiador para colaborar na formação de sujeitos atuantes, de profissionais competentes, porem comprometidos com a sociedade, em seu viés humano.
         Diante do exposto, a formação continuada docente é imprescindível. Entretanto, não uma formação fragmentada e externa, e sim partir das reais necessidades do grupo, promovendo a sua emancipação intelectual, humana e ética, como docente.
            Compreende-se que a metodologia necessária para a formação continua dos docentes do ensino superior partirá da realidade do grupo, confrontando com as teorias atuais sobre o ensino superior, aliando à legislação em vigor. Percebendo a prática do professor como um profissional que atua no ensino de estudantes do século XXI, abrangendo suas atribuições no contexto atual.
            Este profissional deve ter clareza sobre os Princípios Norteadores das Diretrizes Curriculares Nacionais. Conhecimento do PPP e participação efetiva neste processo. Contribuir na descrição do Perfil de egresso, respeitando as características e necessidades do estudante real, sem saudosismos. Utilizar de avaliação com critérios e indicadores, instrumentos e recursos coerentes à sua metodologia e objetivos gerais.
            Ao entrar em sala de aula, lembrar que ali, esse não é mais o médico, advogado, engenheiro ministrando aula. É um docente, e como toda profissão a docência exige um perfil e define atribuições.
Os conhecimentos técnicos fundamentais à profissão docente somente tem sentido se aliados aos conhecimentos pedagógicos. Há ainda que se priorizar o trabalho coletivo em detrimento ao individualizado, ajustar a técnica com a criatividade.
           O docente do ensino superior deve ter consciência que está sendo avaliado pela instituição nos quesitos: metodologia, avaliação, relação professor aluno.
            A docência exige que o professor estude a sua prática, desafiando seus alunos, provocando situações que promovam a autonomia. Porquanto, está atuando em um espaço público, onde há disseminação de conhecimentos, logo um espaço político. Neste caso, cabe a este profissional ser comprometido, pois por meio de seu ensino, está fazendo sua intervenção nas práticas sociais.

REFERENCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

GARCIA, Maria Manuela Alves. A didática no ensino superior. Campinas, SP: Ed. Papirus, 1994.

MASETTO, Marcos T. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus, 2003.

PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Alfabetização de adultos sob o olhar da Psicanálise

                                         Adult literacy from the perspective of Psychoanalysis                                   

Maria Helena

   O tema Educação de Adultos é bastante sensível, haja vista ser um assunto, não difícil, porém complexo. Trago esta reflexão para que os profissionais da Educação de Jovens e Adultos (EJA) percebam que existem muitos fatores interferindo no desejo, ou não, de aprender a ler do sujeito, muito além de todo esforço e planejamento da equipe pedagógica. 

    As questões mais evidenciadas nas formações dos docentes da EJA são quanto à metodologia, a percepção de que não são crianças, portanto não utilizar recursos infantis; conhecer algum histórico de escolaridade anterior: esteve na escola, sim, não, porque saiu, caso tenha frequentado, porque deseja voltar. Muitos voltam por exigências externas, trabalho, por exemplo, assim nem todos tem como um desejo seu.

   Também indicado nas formações é o reconhecimento que, enquanto adulto, esse possui uma vida social, intelectual, pois mantém família, trabalham, se informam pelas mídias, ouvindo, vendo, lendo o mundo, porém sem decifrar letras, o juntar das letras.

    O objetivo geral da EJA é gerar um espaço do reconhecimento do mundo “letrado” a fim de possibilitar o movimento da autonomia do sujeito, enquanto leitor. Usar o seu direito de ir e vir, sem precisar perguntar nome de ônibus, ruas, lojas. Não precisar depender do outro para ler boletos, contratos, questões cotidianas que um cidadão utiliza na sociedade atual.

   Aqui se chega em um item fundamental. Estaria esse adulto preparado para viver a sua autonomia, deixar de ser dependente? Não estaria acomodado, em um sentido de segurança e conforto, para a nova realidade? Não irá gerar um sofrimento maior que o próprio preconceito enfrentado?

  Muitas situações em que o adulto apresenta muitas dificuldades para desenvolver as habilidades de leitura e escrita, acontece como um mecanismo de defesa. É uma realidade na qual esse deverá sair de um território seguro e conhecido e adentrar em um espaço de muitas novidades, o que exigirá uma nova postura, novas emoções, sentimentos.  Bastante paradoxo este movimento, pois se de um lado enfrenta o preconceito, contudo está acostumado com a "ajuda" das pessoas em seu entorno. É isso, geralmente, está em um nível inconsciente.

A tão evidenciada autonomia desejada pelos profissionais da EJA, para seu público, deve levar em consideração a forma com a qual este sujeito adulto irá lidar com a sua autonomia, estar livre, conseguir “navegar” por ele mesmo, pois o nível de responsabilidade muda, a sua visão de mundo, e a visão do seu grupo sobre si, são transformados.

Neste contexto, não temos apenas um estudante em uma cadeira esperando receber o alfabeto, fonemas, grafemas...temos um ser que, pode estar em um grande sofrimento, lutando com suas dores, trazendo à cena a sua criança ferida pela escola, família, há inúmeros fatores que podem gerar a dor. Conseguirá lidar com a responsabilidade a qual a autonomia suscita? Sair da zona de conforto demanda emoções e sentimentos novos, consequentemente novos hábitos e atitudes.

Diante ao exposto, a opção metodológica deverá acolher este olhar, não somente para a escolha de recursos e instrumentos, porém na comunicação, na dialogicidade. Ver e ouvir expressões, gestos, atitudes, desistências, faltas.

É preciso ficar claro que, assim como afirmo para todos os docentes nas formações, desde a educação infantil ao superior: o/a professor/a não é a junção de psicanalista, psicólogo, antropólogo, é sim utilizar-se dos conhecimentos dessas áreas para intervir, exercendo o seu papel docente. Quando o docente encontra uma dificuldade deve se reportar ao seu coordenador ou equipe multidisciplinar.


 

quinta-feira, 20 de abril de 2023

A Personalidade em sua síntese: Saúde Ou Norma?

 The Personality in its synthesis: Health or Norm?

Maria Helena 

                               “Só a experiência própria é capaz de tornar sábio o ser humano”. (Freud)

 Com o curso de Psicanálise venho aprofundando algumas constatações que, até então, eram algumas percepções as quais considero superficiais.

O fio condutor, didaticamente elaborado do fazer psicanalítico, transcende em ver o ser que sofre, para além de uma justaposição de mente, corpo e cultura.

Partindo das pesquisas de Freud ou Lacan, ainda, dos demais autores de que tratam do referido tema, verificado a voz daquele que sofre, ser conduzido pelos sintomas, até chegar em uma verdade, não é possível existir um ser humano sem nenhuma frustração.

Mesmo existindo diferentes personalidades, existem diferentes desejos em cada uma. E como a vida é movimento, há transformações, portanto, impossível não haver oscilação na tentativa de se integrar, adaptar ao novo. E quanto mais novo, mais a psique deve gerar energia a fim de buscar um equilíbrio, portanto mais sinapses, mais adrenalina e outros hormônios, mais emoções e sentimentos em um só foco. Tudo isso forjando uma personalidade.

As denominações de personalidades têm sua história com o próprio desenvolvimentos da medicina, psicologia e psicanálise, em um contexto cultural. Para falar de um transtorno, deve-se conhecer o padrão, referência usada como saudável, aqui no caso, a personalidade.

Para Dalgalarrondo (2008) o tema personalidade é complexo, portanto, também fonte de muitos erros.

 O presente artigo é parte complementar do curso Personalidade e Psicopatologias (IBPC) e objetiva analisar a procura pela “normalização” de um paciente em busca da psicanálise.

É uma reflexão pautada na visão quantiqualitativa, trazendo pesquisadores que fizeram deste tema sua busca constante.

1.1    Tipos e Transtornos de personalidades:

 Dalgalarrondo (2008) indica que a primeira tipologia foi da medicina hipocrática e é essencialmente ambientalista, ou seja, focada nos elementos: água, ventos, solo, umidade do ar, entre outros, interagindo com o corpo humano. Sendo os humores com os respectivos órgãos: o sangue é o coração; a bílis é o fígado; o fleuma é o cérebro e a atrabilis é o baço.

Jung, por sua vez, faz uma organização dos aspectos de personalidade: a extroversão, a libido flui em direção aos objetos externos; e a introversão a libido recua ao mundo interior.

Para Freud a constituição da personalidade passa pelo desenvolvimento das fases da libido, como se estrutura o desejo inconsciente. Assim temos: neurose, psicose e perversão.

Para a psicanálise as fixações infantis da libido e a tendência à regressão determinam os diferentes tipos de neurose e o perfil de personalidade do adulto. (DALGALARRONDO, 2008)

As neurociências demonstram como as emoções se desenvolveram para aumentar a sobrevivência e garantir a existência da espécie. (Zimermann, 2008).

O DSM-5 (2013) divide os 10 tipos de transtornos de personalidade em 3 grupos com base em características semelhantes. O grupo A é caracterizado por parecer estranho ou excêntrico. São os seguintes transtornos: Paranoide: desconfiança e suspeita; Esquizoide: desinteresse em outras pessoas; Esquizotípico: ideias e comportamentos excêntricos. Grupo B: Antissocial: irresponsabilidade social, desrespeito por outros, falsidade e manipulação dos outros para ganho pessoal; Borderline: vazio interior, relacionamentos instáveis e desregulação emocional; Histriônico: busca de atenção e emocionalidade excessiva; Narcisístico: autograndiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia. Grupo C:  Esquivo: evitar contato interpessoal por causa de sensibilidade à rejeição; Dependente: submissão e necessidade de ser cuidado; Obsessivo-compulsivo: perfeccionismo, rigidez, e obstinação.

       1.2    O ser humano de cada um

“Conheceis a verdade e ela vos libertará” (João 8, 32). “Conhece-te a ti mesmo”. (Sócrates 470 a.C.). Assim, quer por uma visão espiritualizada ou filosófica, é bastante não diria antiga, diria fortalecida a importância em buscar em si, as próprias estruturas, os próprios princípios, aquilo que é a alma do sujeito, o seu próprio ser.

Muitos afetos inconscientes vazam em forma de sofrimentos físicos. Sem um diagnóstico que seja comprovado por exames de imagem ou laboratoriais.

 O somatizador tem dificuldades de fantasiar, de sorte que o ego não consegue processar, elaborar e representar as pulsões, do que resulta que ele superlibidinizar o corpo de forma concreta. (Zimerman, 2008).

Um ser é mais que a junção do físico, emocional, intelectual e espiritual. Síntese é um substantivo feminino, parte do método dialético, tese, antítese e síntese. Processo ou operação que consiste em reunir elementos diferentes, concretos ou abstratos, e fundi-los em um todo coerente.

Para McWilliams (2014) “é a percepção de padrões oscilantes que enriquece as noções analíticas de caráter e as torna mais genuinamente clínicas do que uma lista de atributos estáticos. ” (p.60)

Diante ao exposto, a psicanálise, enquanto método e didática faz suas classificações, no entanto é para analisar um Ser.

O analista deve ajudá-los a que os expressem para os outros, logo, para o analista na situação analítica, porquanto isto desempenha um importante papel na – fundamental – função de regulação da atividade emociona. (Zimerman, 2008)

Aquele que busca a psicanálise necessitando minimizar o seu sofrimento, em princípio, enfrentará as suas resistências, no sentido de reconhecê-las. Perceberá o que é parte de sua personalidade, terá uma melhor compreensão de seus desejos ocultos, os quais não podem ser concretizados, muitas vezes, devido ao seu severo superego. Portanto, o grande conflito id-superego.

Mais que um profundo reconhecimento daquilo que é externo, o seu entorno social, cultura, a aceitação dos demais sobre a sua conduta, cabe àquele que sofre não se perceber normal, e sim saudável. Sentir-se em paz, sem angustias, medos, sintomas psicossomáticos de toda ordem.

Conclusão:

São diferentes seres, com diferentes genéticas, temperamentos, vida afetiva se foram amados, negligenciados, alimentos para o físico e para alma. Tudo isso implicará em sua personalidade.

 Aquilo que poderia ser considerado um transtorno, pode fazer parte do seu Eu, considerado pelo analisando como saudável. Em contrapartida, aquilo que ele traz como a queixa inicial pode esconder algo que está muito longe para que acesse ao afeto, sozinho.

Referências bibliográficas:

Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2008.

DSM-5Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014.

McWilliams, Nancy. Diagnóstico Psicanalítico. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Zimermann, David E. Manual de Técnica Psicanalítica. Artmed, 2008.

 

 

 

 

 

 

Sonhos: para transpor a porta é preciso conhecer a cena

                 Dreams: to go through the door you need to know the scene

     Maria Helena

            No módulo 08 do curso de Psicanálise Clínica (IBPC), cujo tema é Sonhos, Simbologias e Representações, percebe-se a importância de interpretar os sonhos para auxiliar o analisando a organizar e compreender os seus sentimentos. Contudo, há uma importância fundamental neste item, o de reconhecer o contexto do sujeito para não se utilizar de símbolos, ou melhor de objetos que, para determinado grupo, não simbolize nada.

Representar significa ser a imagem, o símbolo, a reprodução de; exibir em teatro; levar à cena, encenar; interpretar (um personagem) em teatro, cinema, televisão etc.; desempenhar (papel) como ator; atuar.(Bing, 2021)

Conforme o referencial teórico trazido pelo método de representação dos sonhos, o ato de interpretar, representar não é difícil, porém é complexo, pois é necessário conhecer um conjunto de elementos.

Simbologia significa a arte de criar símbolos, o estudo ou interpretação dos símbolos, sistema de símbolos.(Bing, 2021) Aqui nos vem uma observação, somente é possível para aqueles que compreendem tal sinal, terá significado se conhecerem o significante.

A experiência subjetiva que aparece na consciência denominado sonho é o resultado final de uma atividade mental inconsciente. O sonho manifesto é a experiência consciente, durante o sono, que a pessoa pode ou não recordar depois de despertar. Os pensamentos e desejos inconscientes que ameaçam acordar a pessoa são denominados conteúdo latente do sonho. (IBPC, 2020).

Se comprovadamente os sonhos conseguem oferecer uma ferramenta poderosa para adentrar ao inconsciente de um sujeito, é imprescindível ao analista conhecer muito de semiologia, para entender signos, ícones, símbolos, significante, significado, diversidade cultural. Caso contrário, utilizará como um manual, um “CID”. Mais desafiador ainda, porque o analisando irá narrar o sonho da forma como lembra, talvez, faça recortes no intuído de não se “machucar”. Portanto o interlocutor deverá ser um exímio observador, estar focado literalmente no que é comunicado, para poder auxiliar o analisando a interpretar, a partir de princípios técnicos, todos os mecanismos que fazem parte desta importante ferramenta.

Sendo o sonho um recurso importante, o analista deve estar atento quando pode ocorrer a narrativa, pois pode acontecer no primeiro dia, na primeira consulta quando o psicanalista estará fazendo a entrevista para o diagnóstico, por exemplo. Assim, o profissional deve possuir bastante, “treino”, experiência, desenvoltura para não perder detalhes da entrevista que possa vir através de um sonho.

Para Dalgalarrondo (2008, p. 57) [...] “na própria formulação sobre o que seriam os fatos reais ou concretos, intervêm a linguagem e uma certa interpretação prévia desses fatos". Significa dizer que a linha filosófica que o analista segue, irá interferir na abstração realizada do sonho do analisando.

Segue o supracitado autor: “fatos brutos, originais intocados pelas representações e teorias que deles são feitas, são, na verdade, mais virtuais que reais.” (p. 57, 2008). Diante disso, a coerência, o produzir resultados eficientes, usar de ética, não é tão simples assim. Pois o analisando tem o direito de todas as incoerências simulando ou dissimulando, porém, o profissional, não.

Outros dois conceitos são fundamentais para seguimos o texto e o contexto: consciência e inconsciência. Porque de acordo com Dalgalarrondo (2008), pode existir o sentido de consciência, enquanto estado de vigília, que seria a neuropsicológica. Em uma definição psicológica, por sua vez, é a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito. E a definição ético filosófica refere-se à ciência dos direitos, deveres e responsabilidades com ética. E a inconsciência, é um conceito dinâmico e determinante da vida psíquica é um dos pilares mais importantes da psicanálise e da psiquiatria. (Dalgalarrondo, 2008).

Diante ao exposto, para o psicanalista poder auxiliar, fornecendo pistas, questionamentos ao analisando, diante do sonho do mesmo, para que esse consiga se deparar com uma cena e disso possa tirar proveito, possa auxiliá-lo a organizar seus pensamentos e sentimentos, o profissional deve possuir uma sensibilidade altruísta, eu diria. Pois está lidando com uma vida fraturada, ou fantasiada, real ou não. Entretanto, são sintomas que machucam, “é fato” para quem sofre.

O tema interpretação dos sonhos, contextualizando com todos os conceitos da psicanálise até aqui estudados, utilizados não como uma justaposição de peças, porém, com toda a ética necessária, de fato, para auxiliar um sujeito a se encontrar, a se perceber, ser feliz é um instrumento valioso. Pois o sonho é uma atividade saudável.

 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2008.

MÓDULO 8. Curso de formação em psicanálise - psicanaliseclinica.com (2020)

REPRESENTAR. Disponível em : representar - Bing. Acesso: 28 set.21

SIMBOLOGIA. Disponível em simbologias - Bing. Acesso: 28 set.21