domingo, 17 de julho de 2011

OBSERVAÇÃO REGISTRO E REFLEXÃO

1. EDUCANDO O OLHAR DA OBSERVAÇÃO
(Madalena Freire)

Aprendizagem do olhar

Não fomos educados para olhar pensando o mundo, a realidade, nós mesmos. Nosso olhar cristalizado nos estereótipos produziu em nós paralisia, fatalismo, cegueira.
Para romper esse modelo autoritário, a observação é a ferramenta básica neste aprendizado da construção do olhar sensível e pensante.
Olhar que envolve ATENÇÃO e PRESENÇA. Atenção que, segundo "Simone Weil" é a mais alta forma de generosidade. Atenção que envolve sintonia consigo mesmo, com o grupo. Concentração do olhar inclui escuta de silêncios e ruídos na comunicação.
O ver e o escutar fazem parte do processo da construção desse olhar. Também não fomos educados para a escuta. Em geral não ouvimos o que o outro fala, mas sim o que gostaríamos de ouvir. Neste sentido, imaginamos o que o outro estaria falando... Não partimos de sua fala, mas de nossa fala interior. Reproduzimos desse modo, o monólogo que nos ensinaram.
O mesmo acontece em relação ao nosso olhar estereotipado, parado, querendo ver só o que nos agrada, o que sabemos, também reproduzindo um olhar de monólogo. Um olhar e uma escuta dessintonizada, alienada da realidade do grupo. Buscando ver e escutar não o grupo (ou o educando) real, mas o que temos na nossa imaginação, fantasia - a criança do livro, o grupo idealizado.
Ver e Ouvir demanda implicação, entrega ao outro.
Estar aberto para vê-Io e/ou ouvi-Io como é, no que diz, partindo de suas hipóteses, de seu pensar. É buscar a sintonia com o ritmo do outro, do grupo, adequando em harmonia ao nosso.
Para tanto, também necessitamos estar concentrados com nosso ritmo interno. A ação de olhar e escutar é um sair de si para ver o outro e a realidade segundo seus próprios pontos de vista, segundo sua história.
Só podemos olhar o outro e sua história se temos conosco mesmo uma abertura de aprendiz que se observa (se estuda) em sua própria história.
Neste sentido, a ação de olhar é um ato de estudar a si próprio, a realidade, o grupo à luz da teoria que nos inspira. Pois sempre "só vejo o que sei" (Jean Piaget). Na ação de se perguntar sobre o que vemos é que rompemos com as insuficiências desse saber; e assim, podemos voltar à teoria para ampliar nosso pensamento e nosso olhar.
Este aprendizado de olhar estudioso, curioso, questionador, pesquisador, envolve ações exercitadas do pensar: o classificar, o selecionar, o ordenar, o comparar, o resumir, para assim poder interpretar os significados lidos. Neste sentido o olhar e a escuta envolvem uma AÇÃO altamente movimentada, reflexiva, estudiosa.
Neste processo de aprendizagem venho constatando alguns movimentos na sua construção:
● o movimento de concentração para a escuta do próprio ritmo, aquecimento do próprio olhar e registro da pauta para a observação. O que se quer observar, que hipóteses se quer checar, o que se intui que não se vê, não se entende, não se sabe qual o significado, etc.;
● o movimento que se dá no registro das observações, seguindo o que cada um se propôs na pauta planejada. Onde o desafio está em sair de si para colher os dados da realidade significativa e não da idealizada;
● o movimento de trazer para dentro de si a realidade observada, registrada, para assim poder pensá-la, interpretá-la. É enquanto reflito sobre o que vi, que a ação de estudar extrapola o patamar anterior. Neste movimento podemos nos dar conta do que ainda não sabemos, pois iremos nos defrontar com nossas hipóteses adequadas e inadequadas e construir um planejamento do que falta observar, compreender, estudar.
Este planejamento aponta para dois movimentos:
Um, que vai lidar com a construção da nossa pauta de observação segundo os movimentos já mencionados para sua construção. Ou seja, a observação avalia, diagnostica a zona real do conhecimento para poder, significativamente, lançar (casando conteúdos da matéria com conteúdos do sujeito, da realidade) os desafios da zona proximal do conhecimento a ser explorado.
Outro que concentra-se na devolução (sair de si, outra vez...) para construção de propostas de atividades (enraizadas nas observações feitas para o grupo onde novos desafios irão ser trabalhados).
Podemos concluir, portanto, que o ato de observar envolve todos os outros instrumentos: a reflexão, a avaliação e o planejamento, pois todos se intercruzam no processo dialético de pensar a realidade.

DIRECIONANDO O OLHAR
O instrumento da observação apura o olhar (e todos os sentidos) tanto do educador quanto do educando para a leitura diagnóstico de faltas e necessidades da realidade pedagógica.
Para objetivar esse aprendizado o educador direciona o olhar para três focos que sedimentam a construção da aula:
 o foco da aprendizagem individual e/ou coletiva;
 o foco da dinâmica na construção do encontro;
o foco da coordenação em relação ao seu desempenho na construção da aula.
Por que é necessário focalizar o olhar? Olhar sem pauta se dispersa. Olhar pesquisador tem planejamento prévio da hipótese que se vai perseguir durante a aula, em cada um desses três focos.
No início desse aprendizado, em qualquer grupo, é adequado ter somente um foco para priorizar, ou na aprendizagem, ou na dinâmica ou na coordenação. Dado como suposto a grande dificuldade de concentração do olhar, do pensamento e da participação ao mesmo tempo, é aconselhável priorizar um foco por vez.
No foco da aprendizagem o desafio do educador é lançar questões que cercam a observação do educando em relação ao seu próprio processo (ou do grupo) de aprendizagem. Questões como:
- Que momentos de mal estar eu vivi no decorrer da aula? – O que de mais significativo constatei que sei e que não sei? etc. Com estas questões lançadas no início do encontro - e que serão no final retomadas na avaliação da aula -, o desafio é obrigar o educando a construir um distanciamento (reflexivo) sobre seu processo de aprendizagem durante o desenvolvimento da aula.
Já que estas questões lançadas no início da aula são no final retomadas na atividade de avaliação, podemos concluir que estas questões, chamadas por mim de Pontos de Observação, constituem a pauta da avaliação. Ou seja, os pontos de observação constituem o planejamento da avaliação da aula.
Os pontos de observação em cada foco, apoiam a construção do aprendizado do olhar - olhar a dinâmica do encontro, dinâmica que não significa criar atividade de sensibilização, dinâmica que aqui é entendida como o jeito, o ritmo que o grupo viveu a construção das interações na aula, acelerado, arrastado, em desarmonia, em harmonia etc. Dinâmica que envolve observar o grupo juntamente com a coordenação.
Questões neste foco poderão lidar com: - Quais os movimentos rítmicos que o grupo viveu durante sua participação na aula? ou, - Como o grupo expressou suas divergências e/ou concordâncias durante a aula?
Aprendendo a olhar a si próprio, ao grupo, a dinâmica que vai sendo composta, vai alicerçando a capacidade de ler e estudar a realidade.
Observar a coordenação faz parte do pensar o que é ser educador, e o que é ser educando. É enquanto o educando observa o ensinar da coordenação, que ele aprende a ser melhor aluno e também melhor educador. Pelo simples fato de que, diante do modelo, ele pensa, reflete, distancia-se, constrói conceitos - teoria do que é aprender e ensinar.
Também observando, a coordenação inicia seu processo de desmistificação da mesma. Começa a constatar que ela comete erros, derrapadas, incoerências, etc.
Questões neste foco podem cercar:
 Como a coordenação construiu sua sintonia com o conteúdo da matéria e o significativo do grupo?
 Como a coordenação lidou com os conflitos, as divergências, as diferenças durante a aula? etc.
Estar sendo observado também é instrumento valioso para a coordenação, pois nesse retorno de seus alunos pode ter uma avaliação do que realmente está conseguindo ensinar. Se está conseguindo atingir seus objetivos ou o que falta construir de intervenções, encaminhamentos, devoluções, para a próxima aula.
Neste espaço onde o educando faz devoluções sobre seu ensinar é aonde o educador vai podendo construir-se (educando-se) também enquanto aprendiz.

SOBRE A PRÁTICA DO INSTRUMENTO DA OBSERVAÇÃO ENTRE EDUCADOR E EDUCANDO
Educador aprende a observar. Educando também.
Educando troca com educando, coordenado pelo educador, sobre o que se observa.
Educador troca com educador, coordenado por um outro educador, sobre o que se observa.
Educador interage com educando devolvendo-lhe, espelhando-lhe suas conquistas e faltas na situação observada.
O educador quando desempenha a função de observador, como co-produtor que foi da pauta e do planejamento do professor, tem urna atuação vivamente reflexiva porém silenciosa para o grupo. Silenciosa porque ele não está na função de professor do grupo. Ele é um outro educador, com uma tarefa diferenciada, específica: - observar a coordenação no seu ensinar, na sua interação com o grupo e seus participantes.
Ele não faz intervenções nem devoluções para o grupo porque não é o educador do grupo. Sua participação se dá em outro nível.
Como também, poderá haver certas atividades onde sua participação com intervenções seja planejada anteriormente.
Ele faz devoluções de suas observações para o educador do grupo. Neste sentido, um educador, quando está nesta função, é educador do educador. Por isso mesmo não interage com os educandos de seu educador, mas somente com ele (educador), devolvendo-lhe suas observações, espelhando conquistas e faltas na prática deste.

SOBRE A AÇÃO DO OBSERVADOR
Observar não é invadir o espaço do outro, sem pauta, sem planejamento, nem devolução, e muito menos sem encontro marcado...
Observar uma situação pedagógica é olhá-la, fitá-la, mirá-la, admirá-la, para ser iluminada por ela.
Observar uma situação pedagógica não é vigiá-la, mas sim, fazer vigília por ela, isto é, estar e permanecer acordado por ela, na cumplicidade da construção do projeto, na cumplicidade pedagógica.

2. O REGISTRO E A REFLEXÃO DO EDUCADOR

 Sobre o ato de escrever

"De tudo que está escrito, eu amo somente aquilo que o homem escrever com o seu próprio sangue". Nietzsche
Escrever com sangue, dor e prazer é falar do que corre em nossas veias. Falar de amor, ódio, sonho.
Ousar colocar, socializar para o outro, o que pensamos, somos, dói, "a dor é prova de existência". "A dor retrata a diferença." Não nos cabe fugir dela, e sim enfrentá-la "para a construção do prazer, do conhecimento de nós mesmos, do outro, da realidade".
Para isso é necessário conversar, dialogar com ela para que busquemos saídas, caminhos de enfrentamento no processo do conhecimento, junto com o outro. Buscar, conversar, tocar no outro, na sua ferida, faz parte da busca de comunicação.
"Minhas palavras são extensões do meu corpo, meus membros apoiam-se nelas (..) quem toca em uma das minhas palavras é como se tocasse na menina dos meus olhos (..) as palavras, podem matar", ou fazer nascer, desvelar, revelar o nascimento do outro para mim.
A marca única, genuína (sangrada) do autor emerge dessa busca de si mesmo contaminada do outro, na palavra. Dessa maneira quando escrevemos, não buscamos somente respostas únicas, mas sim essencialmente PERGUNTAMOS. Permanente inquietação de ser vivo, que nos remete a nós mesmos e à essência de nossa existência.
Por tudo isso, escrever é muito difícil. Compromete mais que falar.
Escrever deixa marca, registra pensamento, sonho, desejo de morte e vida.
Escrever dá muito trabalho porque organiza e articula o pensamento na busca de conhecer o outro, a si, o mundo.
Envolve, exige exercício disciplinado de persistência, resistência, insistência, na busca do texto verdadeiro, aquele que "o homem escreve com o seu próprio sangue ".

Reflexão e processo de formação do educador

O ato de refletir é libertador porque instrumentaliza o educador no que ele tem de mais vital: o seu pensar.
Educador algum é sujeito de sua prática se não tem apropriado a sua reflexão, o seu pensamento.
Não existe ação reflexiva que não leve sempre a constatações, descobertas, reparos, aprofundamento. E, portanto, que não nos leva a transformar algo em nós, nos outros, na realidade.
Na concepção democrática de educação, onde o ato de refletir (apropriação do pensamento) é expressão original de cada sujeito, está implícito que não existe um modelo de reflexão. Cada educador tem sua marca, o seu modo de registrar seu pensamento.
O importante é que cada um assuma este seu jeito, momento de hipótese em que se encontra dentro do seu processo.
Num primeiro momento a reflexão passa por um movimento de desintoxicação da visão autoritária que cada um viveu em relação à linguagem escrita.
A constatação é: "escrevo sem pensar"; "não consigo escrever e refletir" . É como se pensamento e linguagem escrita caminhassem dissociados. Conquista-se, nesse momento, um redimensionamento da linguagem oral e escrita, resgatando-se o próprio processo de alfabetização.
Re-descobre-se o significado do ato de escrever, não como habilidade mecânica, "escrita de letras" como diz Vygotsky, mas como comunicação de pensamento.
Dependendo da história de cada um esse movimento pode variar de intensidade e duração.
Com o exercício disciplinado da reflexão, e instrumentalizado pelo Educador, alcança-se uma fluidez desta ação generalizadora, teorizante. Fruto dessa conquista emerge a explícita necessidade de fundamentação teórica.
Pois, não existe prática sem teoria, como também não existe teoria que não tenha nascido de uma prática. Porque o importante é que a reflexão seja um instrumento dinamizador entre prática e teoria. Porém, não basta pensar, refletir, o crucial é fazer com que a reflexão nos conduza à ação transformadora, que nos comprometa com nossos desejos, nossas opções, nossa história.
Esta preocupação explícita pela fundamentação teórica é característica do segundo movimento.
Apropriando-se do que faz e pensa, o educador, sujeito pensante, começa a praticar a autoria de sua reflexão, assumindo - instrumentalizado pelo Educador - a condução do seu processo.
Bem diferente, então, daquele que no início do movimento de desintoxicação colocava fora de si a solução e as causas de seus males pedagógicos.
Bem diferente, também, daquele que se considerou formado. Estava morto e não sabia. Morto na sua criação, na sua curiosidade. Morto na sua capacidade de seduzir o outro (e se deixar seduzir) para a opção do prazer de construir, parir, seu processo de reflexão, construção de sua consciência pedagógica, política.

WEFFORT, Madalena Freire. Observação, Registro, reflexão: Instrumentos Metodológicos I. São Paulo: Espaço Pedagógico.

67 comentários:

  1. O texto é muito interessante. Merece uma revisão para corrigir erros de digitação!

    ResponderExcluir
  2. Muito interessante o texto, independente de pequenos erros na digitação, o que não diminui em nada a importância do texto. De tudo que li, gostaria de destacar a seguinte frase; " Bem diferente, então, daquele que no início do movimento de desintoxicação colocava fora de si a solução e as causas de seus males pedagógicos".

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esta frase me também me chamou a atenção.

      Excluir
  3. Madalena Freire consegue prender a atenção de seus leitores com sua maneira sensível de escrever, falar e sentir o mundo a sua volta. Nos provoca reflexões sobre pontos importantes relacionados à prática pedagógica (Observação, Registro e Reflexão, Avaliação, Estudos sobre Grupo), entre outros. Grande pensadora sobre Educação.
    Adirson Olavio Bernardes.

    ResponderExcluir
  4. O texto é maravilhoso.Uma frase que escolho como muito marcante: Porém, não basta pensar, refletir, o crucial é fazer com que a reflexão nos conduza à ação transformadora, que nos comprometa com nossos desejos, nossas opções, nossa história.Onde diz que tudo isso deve nos levar a transformação.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito bom o texto, nos faz pensar com critérios de observador, admirador, de análise crítica... e de um direcionamento do olhar de si pra o outro e outro p/si, isto é, saindo de si para o encontro dialético com outro ponto de vista.Concordo com a autora " não basta pensar e refletir, o crucial é fazer com que a reflexão nos conduza à ação transformadora que nos comprometa com nossos desejos, nossas opções, nossa história". Só assim poderemos construir uma gestão democrática q. conduza o educando a ser sujeito e construtor de sua história.

      Excluir
    2. Muito bom o texto, nos faz pensar com critérios de observador, admirador, de análise crítica... e de um direcionamento do olhar de si pra o outro e outro p/si, isto é, saindo de si para o encontro dialético com outro ponto de vista.Concordo com a autora " não basta pensar e refletir, o crucial é fazer com que a reflexão nos conduza à ação transformadora que nos comprometa com nossos desejos, nossas opções, nossa história". Só assim poderemos construir uma gestão democrática q. conduza o educando a ser sujeito e construtor de sua história.

      Excluir
  5. Achei muito interessante o texto, pois,algo que sempre levo comigo é sempre refletir sobre o que estou fazendo como educadora e que por trás de cada prática existe uma teoria. É muito importante saber ouvir o grupo, trocar ideias , ou seja, fazer acontecer uma gestão democrática e transparente.

    ResponderExcluir
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  7. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  8. Realmente existe a necessidade de nos despimos do nosso olhar pronto e saltarmos para um olhar presente e atencioso,percebendo e sendo atenciosos com detalhes quase invisíveis, por conta, de não termos esta prática.
    Prática que envolve também o ouvir o outro, o que as pessoas e o ambiente nos falam sem usar a voz.
    Para conseguirmos sentir essa forma de olhar e ouvir necessitamos exercitá-las, diariamente, é um exercício difícil , mas necessário.
    Assim à medida que nos permitirmos olhar e ouvir com maior presença e atenção, teremos maior propriedade para lidarmos e encaminharmos as questões escolares, sobretudo numa gestão democrática.

    ResponderExcluir
  9. Realmente existe a necessidade de nos despimos do nosso olhar pronto e saltarmos para um olhar presente e atencioso,percebendo e sendo atenciosos com detalhes quase invisíveis, por conta, de não termos esta prática.
    Prática que envolve também o ouvir o outro, o que as pessoas e o ambiente nos falam sem usar a voz.
    Para conseguirmos sentir essa forma de olhar e ouvir necessitamos exercitá-las, diariamente, é um exercício difícil , mas necessário.
    Assim à medida que nos permitirmos olhar e ouvir com maior presença e atenção, teremos maior propriedade para lidarmos e encaminharmos as questões escolares, sobretudo numa gestão democrática.

    ResponderExcluir
  10. "...não basta pensar, refletir, o crucial é fazer com que a reflexão nos conduza à ação transformadora..." perfeito!
    katia Barros

    ResponderExcluir
  11. O texto e excelente para uma reflexão, e assim colocar em prática a o resultado da mesma.

    ResponderExcluir
  12. O texto e excelente para uma reflexão, e assim colocar em prática a o resultado da mesma.

    ResponderExcluir
  13. Ver e ouvir...Como poderemos conviver uns com os outros sem isso..INCRÍVEL...mas assim vivemos: cegos e falantes. Não escutamos para além do que queremos. E em sua maioria as pessoas só enxergam o que querem ver. Como poderemos aprender coisas novas se não vamos para além de nós mesmos..se não damos chances ao outro de se expressar e a nós de aprendermos novas possibilidades...se ainda pior não refletirmos para transformarmos os nossos pensamentos em ações..em realizações no processo educacional.

    ResponderExcluir
  14. Ver e ouvir...Como poderemos conviver uns com os outros sem isso..INCRÍVEL...mas assim vivemos: cegos e falantes. Não escutamos para além do que queremos. E em sua maioria as pessoas só enxergam o que querem ver. Como poderemos aprender coisas novas se não vamos para além de nós mesmos..se não damos chances ao outro de se expressar e a nós de aprendermos novas possibilidades...se ainda pior não refletirmos para transformarmos os nossos pensamentos em ações..em realizações no processo educacional.

    ResponderExcluir
  15. Texto mt bem tecido! Obrigada!

    ResponderExcluir
  16. Praticar a "escuta ativa" como sugere o texto é tão importante quanto a frase: "Ato de refletir é libertador porque instrumentaliza o educador no que ele tem de mais vital: o seu pensar". Percebo que todos estamos tão arraigados na correia diária que não nos damos conta de que somos seres sociais e que não vivemos sozinhos e sentados em nossa razão. Precisamos retomar o ser crítico que não mecaniza, mas reflete e age sobre uma ótica intencional em cada situação.

    ResponderExcluir
  17. O ver e o escutar fazem parte do processo da construção desse olhar. Observar não é invadir o espaço do outro.
    Gostei dessas passagens do texto, Observar gera a identificação de necessidades que gera um trabalho interventivo e assim sucessivamente ... almejando melhorias em todo o processo educativo, seja na aprendizagem sistemática ou não, este movimento é um contínuo em nossa ação pedagógica.
    Belo texto.

    ResponderExcluir
  18. Excelente reflexão, no corre corre do dia a dia não nos damos conta na maioria das vezes de ouvir, ver e observar as coisas, o outro ou ate nós mesmo.

    ResponderExcluir
  19. Maravilhosa reflexão, na agitação dos nossos dias não nos damos conta da importância do ouvir ativo, ver e observar as coisas, o outro ou ate nós mesmo. É muito importante colocarmos nossos corações e mentes em tudo que nos cerca.

    ResponderExcluir
  20. O olhar faz toda diferença!
    A pedagogia do amor deve ser aplicada na vida cotidiana da escola. Ter a sensibilidade de enxergar o outro e suas habilidades, ver além do campo escolar, mas o indivíduo e suas necessidades.
    Como diz Rubens Alves, "o aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente e, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.”

    A primeira tarefa da educação é ensinar a ver…É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo. Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.
    ” Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados.” – Rubem Alves

    ResponderExcluir
  21. Texto muito bom. Nos faz reavaliar nossa prática diária. Excelente!!!

    ResponderExcluir
  22. O texto é muito interessante e nos leva a refletir acerca da intencionalidade que está por trás do ato de observar. Quais são os objetivos que, de fato, pretendemos alcançar e de que forma é possível realmente contribuir para uma prática pedagógica transformadora.

    ResponderExcluir
  23. O texto é muito interessante e nos leva a refletir acerca da intencionalidade que está por trás do ato de observar. Quais são os objetivos que, de fato, pretendemos alcançar e de que forma é possível realmente contribuir para uma prática pedagógica transformadora.

    ResponderExcluir
  24. O texto nos conduz a um diálogo interno. Um fazer nascer, dá luz um novo olhar; sensível;com foco, ao mesmo tempo amplo. Expande e filtra. Vislumbrar possibilidade, dá vida a inércia. Desatrofia o ato pensar e agir. É político, responsável, torna se presente,pertencente, responsáveis e corresponsaveis por e pelo processo vivido.
    Por fim, a importância do registro dá vida, além de significado e resignificado antes, durante e depois do processo vivido.


    Erica Oliveira.

    ResponderExcluir
  25. Reflexão que nos faz olhar nossas próprias práticas, portanto, cirurgicamente necessária.

    ResponderExcluir
  26. Precisamos estar em constante reflexão para que possamos realizar um planejamento que assegure a apreensão do conhecimento e, consequentemente o desenvolvimento dos alunos.

    ResponderExcluir
  27. A reflexão como processo contínuo na atividade docente é essencial para a ação pedagógica na escola.

    ResponderExcluir
  28. Muito interessante o texto. Uma frase que me me chamou atenção foi "Observar uma situação pedagógica não é vigiá-Ia, mas sim, fazer vigília por ela, isto é, estar e permanecer acordado por ela, na cumplicidade da construção do projeto, na cumplicidade pedagógica."

    ResponderExcluir
  29. O texto é excelente para uma reflexão, e é sempre refletir sobre o que estou fazendo como educadora e que por trás de cada prática existe uma teoria.

    ResponderExcluir
  30. Excelente observação sobre a prática reflexiva, muito pertinente a caminhada do educador, a vida!!! Viva Madalena Freire!

    ResponderExcluir
  31. O texto fala exatamente o que sempre digo para meus colegas e sou criticada, sobre o olhar para o nosso aluno, ver além da sala de aula. PARABÉNS PELA ESCRITA

    ResponderExcluir
  32. O texto fala exatamente o que sempre digo para meus colegas e sou criticada, sobre o olhar para o nosso aluno, ver além da sala de aula. PARABÉNS PELA ESCRITA

    ResponderExcluir
  33. O enredo do texto é interessante, pois nos mostra como somos, e o que podemos fazer para rever nossos conceitos, sim nossos conceitos e pré conceitos, uma vez que, é uma tarefa impar a análise introspectiva.
    Me chamou atenção, logo o início do texto, onde se diz que "não fomos educados para a escuta. Em geral não ouvimos o que o outro fala, mas sim o que gostaríamos de ouvir... Não partimos de sua fala, mas de nossa fala interior. Reproduzimos desse modo, o monólogo que nos ensinaram". Acredito que se usarmos de forma genuínas as ferramentas para que esse monólogo não aconteça, seremos realmente melhores profissionais, pessoas.

    ResponderExcluir
  34. Muito bom texto! Obrigada pela a ajuda!

    ResponderExcluir
  35. O texto deixa claro a importância da pauta de observação para o registro consciente e real do observador. Parabéns pela escolha do texto.

    ResponderExcluir
  36. "De tudo que está escrito, eu amo somente aquilo que o homem escrever com o seu próprio sangue". Nietzsche
    Muito filosofo e interessante este pensamento... o coordenador é o sangue que dá vida ao ensino aprendizagem dos docentes e dicentes!

    ResponderExcluir
  37. Há algo valioso no texto, no meu ponto de vista e situações que ando experimentando, considerar a observação como movimento ativo e não passivo. Há uma grande dificuldade de entendimento dessa proposta nas escolas. A observação ocupa um lugar muito superficial, na maioria das vezes.

    ResponderExcluir
  38. Texto muito valioso, que nos traz bastante reflexão. Como sabiamente nos disse Albert Einstein "Tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume no tamanho de seu saber". Há a necessidade de um estudo profundo por parte de todos os coordenadores, um olhar para dentro e para fora da escola, aumentando nosso universo de atuação. Ainda, nas palavras de outro importante Físico, Werner Heisenberg (1971), o que observamos não é a natureza em si, mas a natureza exposta ao nosso método particular de questionamento. Esse princípio filosófico aplicado à ciência traz a importância da interpretação pessoal na busca pelas verdades científicas. Esse método também define o que observamos na educação. Método é fundamental!

    ResponderExcluir
  39. A concepção voltada para a reflexão sobre a prática pedagógica, promove uma série de mudanças no perfil do profissional da educação

    ResponderExcluir
  40. A reflexão é de grande importância, para entender melhor o sentido do SER.

    ResponderExcluir
  41. A reflexão é de grande importância, para entender melhor o sentido do SER.

    ResponderExcluir
  42. Texto muito bom, excelente, com a correria do dia a dia não damos conta de olhar o próximo e a nós mesmos, não damos a devida importância em entender melhor o sentido do SER.

    ResponderExcluir
  43. Excelente reflexão referente a aprendizagem do olhar observador, sensível, atento e que exige escuta interna e externa. Parabéns pela escolha do texto de Madalena Freire.

    ResponderExcluir
  44. Encantador, é poder neste momento, ler, pensar, refletir e mudar de lugar! Sair do conforto de que estava sabendo como conduzir e sentir que há uma mudança de direção, sentir-se vivo e capaz de trocar ideias, de ser ainda mais gente do que era no início do texto. Simplesmente obrigada, por me fazer sentir que há um vulcão de novas possibilidades dentro de meus pensamentos e desejo de acertar ainda mais! Excelente reflexão!

    ResponderExcluir
  45. Muito bom! Observação, registro e reflexão são elementos relevantes no processo de aprendizagem. Por este motivo a utilização destes elementos de forma crítica deve fazer parte da nossa rotina como educadores.

    ResponderExcluir
  46. Texto muito bem elaborado!

    Descreveu perfeitamente nosso comportamento durante o processo de ensino aprendizagem, e enfatizou de forma bastante significativa a importância de saber falar, ouvir, observar e refletir!

    ResponderExcluir
  47. Texto muito bem elaborado!

    Descreveu perfeitamente nosso comportamento durante o processo de ensino aprendizagem, e enfatizou de forma bastante significativa a importância de saber falar, ouvir, observar e refletir!

    ResponderExcluir
  48. Achei o texto muito interessante.

    ResponderExcluir
  49. Excelente considerações.

    ResponderExcluir
  50. Texto profundo e necessário sobre o lugar do olhar nas relações existentes no ato educativo. Esse trecho me sensibilizou "Ver e Ouvir demanda implicação, entrega ao outro."

    ResponderExcluir
  51. Excelente texto! Realmente aprendermos a direcionar o olhar é algo que o professor necessita exercitar!

    ResponderExcluir
  52. https://continuandoformacao.blogspot.com/2022/01/analise-de-praticas-e-procedimentos-em.html

    ResponderExcluir
  53. Texto que nos faz repensar sobre observação, registro e reflexão, enquanto educadores que somos. Devemos ter essa consciência sobre o cuidado que devermos ter com o que captamos dos nossos alunos, da nossa prática. Registrar para poder refletir de modo que cause transformação no agir r no pensar.

    ResponderExcluir
  54. Muito importante o texto.

    ResponderExcluir
  55. O texto nos faz pensar que não adianta só ouvir e não colocar em prática a necessidade de mudança, pois somos mediadores de conhecimentos.

    ResponderExcluir
  56. o texto nos faz refletir o quanto podemos contribuir colocando em praticas diversas atividades usando explorando o conhecimento de nossos docentes.

    ResponderExcluir