quinta-feira, 10 de outubro de 2013

IDEB E FUNDEB: AVANÇOS E RETROCESSOS


Maria Helena da Silva Meller


Quando o IDEB passou a fazer parte do contexto educacional brasileiro, muitos educadores se posicionaram terminantemente contra o mesmo. A história da educação no Brasil em seus meandros não possibilitava qualquer crédito, pois se conhecia as possíveis consequências, competição entre as instituições, instrumentos padronizados para um país com a extensão geográfica do Brasil e, principalmente, multicultural. Ainda, modelo copiado e exigido do exterior.
Um país como a Finlândia, por exemplo, em que sua educação é tida como exemplo não utiliza esse tipo de avaliação, pois não acredita na mesma, e a vê como desnecessária, ou ainda, um desserviço.
Luckesi, grande educador e especialista em avaliação no Brasil, vê um ponto a favor, pois “mexeu” com educadores e sistemas.
A questão do FUNDEB extrapola o tema somente com o IDEB, pois perpassa por questões de cultura, em que o Brasil, a assunto de gestão democrática está muito longe da teorizada. Em que medida um país onde há indicações político partidárias pode vivenciar a democracia em suas instituições?
O poder legislativo, em nível federal não tem o conhecimento do que acontece no “chão” das UEs, pois como foi exposto o IDEB é generalista. Por sua vez, em nível municipal, temos representantes que desconhecem as leis federais para adequá-las à regionalidade. Lembrando que temos os Conselhos de educação que, por vezes, são ocupados por oportunistas, desconhecedores e descomprometidos com a educação.
Portanto, essas duas siglas IDEB e FUNDEB são ótimas políticas em países cujas ações concretas, de fato, decorressem de metas elaboradas e compreendidas pelo coletivo. Um exemplo disso é a CONAE.

Quantos educadores conseguem contextualizá-la política, histórica e pautada na legislação?