terça-feira, 15 de novembro de 2022

Vivendo em grupo

                                                                             Maria Helena 

 Não basta um amontoado de pessoas para designar que temos um grupo. Um grupo é mais que isso.
 É necessário objetivos comuns, e conhecidos por todos.
Imprescindível haver uma história de convivência, espaço para cativar as pessoas, conhecê-las, de fato.
A empatia em um grupo é condição necessária. Cada um deve saber se deslocar de si e colocar-se no lugar do outro.
Vida em grupo demanda respeito às combinações e a cada sujeito. E perceber cada um em sua essência.
 É necessário respeitar o coletivo sem massificação, pois o coletivo é um conjunto de indivíduos-individuais-individuação, portanto reconhecer que a diferença soma e não divide. Cada qual oferecendo suas melhores qualidades, habilidades e competências. Assim, o grupo é fortalecido. E tratando no grupo, como um inteiro, as suas fragilidades, que não pertencem a um sujeito e sim, ao grupo.
Pertencer a um grupo é Ser grupo. A ética é elemento constante, assim como a cumplicidade. É trabalho de cooperação, colaboração. Não se compete entre pares, porque os objetivos são os mesmos.
Humildade  é fundamental para acatar diferentes ideias, identificação com o grupo, seus sujeitos, suas posições, seus encaminhamentos e seus estranhamentos.
Um grupo não se forma, ele nasce e requer cuidado, precisa ser alimentado diariamente com diálogo, honestidade, abnegação, companheirismo e dedicação. Viver em grupo torna o sujeito mais seguro, desenvolve sua autonomia e responsabilidade.
Grupo briga porque confia, grupo chora porque tem emoção, grupo espera porque reconhece seus limites. Grupo busca porque tem incertezas e certezas.
Enfim, viver o grupo é a esperança, o reconhecimento de que se necessita do OUTRO para se perceber como gente. Reconhecer que todo avanço tecnológico não substitui a essência humana.