quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Proposta pedagógica escolar – PPP: leis, normas e práticas

 

        Maria Helena

Passar por diversos espaços escolares nos proporciona experiências singulares e, quando estamos estudando a própria prática, podemos ter bons aprendizados. Trabalhei da educação infantil ao superior, em escolas de rede públicas e particulares, da periferia ao centro, assim pude aprender um pouco sobre o projeto pedagógico. Como assessora educacional em diferentes Redes tive o privilégio de estudar muito material que emergiram do chão da escola, como outros de puro carater técnico, cumprindo leis.

Todos os PPPs possuem o carater técnico e cumprem leis, mas isso não é a razão de ser deste movimento. Sua razão de existir é oferecer um rumo para a escola, em seus aspectos políticos, filosóficos para que o pedagógico possa se efetivar.

Percebo que os posts mais acessados neste Blog são sobre o PPP, portanto observo que, de fato, há um interesse em discuti-lo, compreendê-lo.

Nos 30 anos que observo o PPP, com esta denominação, isto antes da atual LDB, 9394/1996, a escrita do documento não modificou tanto assim, pelo menos em minha região (sul), porém minha compreensão modificou bastante, penso que devido a atitude de poder estar sempre estudando minha prática, percebendo as incoerências discurso-teoria-chão da escola.

Uma das inconsistências percebidas está justamente na base em termos normativos e legal. Muitos municípios, acabam atualizando o PPP da Rede e esquecem de atualizar uma normativa que é referente ao Sistema, o que implica tratar de escolas particulares, quando se menciona a educação infantil. Portanto, leis não atualizadas, divergindo de normas que são da alçada do CME, ainda não incluindo leis federais que incidem sobre a comunidade escolar, exemplo: ECA, Acessibilidade, bullying, entre outras, de acordo com a configuração da escola. Outro exemplo é uma escola que deve prestar contas ao CEE e ao CME.

Outra situação vulnerável à escola é quando esta possui uma prática totalmente divergente da apontada no PPP, em qualquer aspecto que esteja imerso no fazer pedagógico, porque a razão do existir de uma escola é o ensinar e, isto na atualidade, possui uma conotação muito diferente de 20 anos atrás, principalmente devido à BNCC.

Ao analisar Projetos e Regimentos percebo os mesmos divergindo dentro da mesma unidade escolar. Isso faz com que a escola se torne mais vulnerável em termos jurídicos.

Antes de atualizar qualquer PPP, é necessário a escola em um todo compreender o significado deste movimento, portanto é necessário revisar o que as pessoas sobem sobre ele. Para que serve o documento, o que este sintetiza e sistematiza. Reconhecer no PPP a síntese dos estudos, a sistematização necessária para a escola ter a sua prática e menos incertezas, reconhecendo que qualquer pessoa dentro da escola consegue falar sobre o mesmo. Sem dúvida, a partir de sua janela, se é pai, estudante, docente ou gestor.

Veja bem, uma ou outra situação inusitada não prevista no planejamento, normas, regras que são a alma e o corpo da proposta pedagógica é aceitável, pois a escola está viva. Agora, lamento informar, quando semanalmente ocorrem situações, as quais não encontram um amparo no PPP ou RI, é falta de conhecimento da importância dos movimentos de estudos, para chegarem a uma sistematização sólida do documento.

É preciso entender de planejamento estratégico, de teoria de aprendizagem, de linhas filosóficas, de leis e normativas. Necessita elaborar um cronograma e seguir com o mesmo. Não basta colocar os profissionais “discutindo” sobre o plano anterior, é mais que isso. Portanto, é impossível chamar de atualização do projeto, quando ou somente é elaborado pela gestão, ou tentar atualizar em uma semana de maneira contínua. Isso pode acorrer se for a atualização de um item fundamental, sendo uma solicitação do Conselho ao qual pertence, ou ainda avaliar somente as ações previstas para um ano. Porém, a denominação “atualizar”, depois de 4, 5 anos, demanda planejamento e muito estudo da equipe coordenadora do projeto.

Diante ao exposto, seria interessante e prático a escola verificar no sumário do documento anterior e elencar por prioriadde a ordem do estudo, exemplo: linha filosófica, teorias, diagnóstico físico, etc... levar para o grupo segurança, acreditando para que os "outros"também acreditem nas riquezas encontradas durante a reelaboração do PPP.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Psicopatologias emocionais da/na condição docente no Brasil

                                    Emotional psychopathologies of/in the teaching condition in Brazil   

                                                                  Maria Helena

Para Dalgalarrondo (2008, p. 24) “os signos de maior interesse para a psicopatologia são os sinais comportamentais objetivos, verificáveis pela observação direta do paciente e os sintomas, isto é, vivências subjetivas relatadas pelo paciente”. Portanto, tão importante a comunicação entre analista e analisando, como a entrevista preliminar.

O módulo dedicado às psicopatologias, indica conceitos, características de doenças emocionais que aparecem frequentemente em muitos profissionais.  Infelizmente as estatísticas apontam números que crescem a cada ano

Para Passos (2019) a ansiedade, por exemplo, atinge mais de 260 milhões de pessoas no mundo. E no Brasil dados mostram que 86% sofrem com algum transtorno mental, como ansiedade e depressão.  Cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com os efeitos do estresse. Outros dados recentes mostram que 49% dos trabalhadores no Brasil já tiveram crises de ansiedade, enquanto 44% dizem ter sofrido com o esgotamento mental devido ao stress profissional.

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) entrevistaram no início de 2017. 762 profissionais de muitos estados, 71% ficaram afastados da sala de aula. O estresse (65,7%), seguido por depressão (53,7%), alergia a pó (47,2%), insônia (41,5%) e hipertensão arterial (41,3%). Pelo menos 531 casos de ansiedade. (ANASPS, 2017)

Outra pesquisa que traz quantidade equivalentes foi elaborada pela Nova Escola no ano de 2018, com cinco mil educadores. Identificando que 66% desses profissionais precisaram se afastar do trabalho. A ansiedade afeta 68% dos educadores; estresse e dores de cabeça (63%); insônia (39%); dores nos membros (38%) e alergias (38%). Além disso, 28% deles afirmaram que sofrem ou sofreram de depressão. 87% dos participantes acreditam que o seu problema é ocasionado ou intensificado pelo trabalho (TEIXEIRA, 2018)

Transitando no universo da educação há mais de 30 anos, é possível constar que muito dos dados utilizados nas referidas pesquisas, são de docentes os quais procuram ajuda profissional. Muitos, diante dos trâmites legais, de todo o cenário fragilizado da educação, acabam com automedicação, atestados médicos de poucos dias, insuficientes para fazer um tratamento eficiente para tais patologias.

Os sintomas normalmente atribuídos à depressão são: transtorno de humor, falta de esperança, desmotivação, insegurança, isolamento social e familiar, perda de interesse por atividades antes prazerosas, apatia, falta de apetite e de concentração, insônia, perda de memória. (MÓDULO 6, p. 36)

A ansiedade é associada a uma forma de angústia decorrente da antecipação de acontecimentos futuros, o que pode ser bom ou ruim. A ansiedade excessiva pode se transformar num distúrbio de ansiedade, ou seja, numa doença. No transtorno de ansiedade, as pessoas não têm tempo para o agora: elas sofrem por antecipação a uma situação. (MÓDULO 6, p. 63)

As atribuições de um educador são: planejamento, ministrar aulas, avaliar, participar de todos os eventos da escola. Fazendo uma análise dos dados com os conceitos das patologias com mais incidência nas pesquisas é possível imaginar uma pessoa que lida com adolescentes, crianças, com os colegas tendo todos os sintomas descritos. Indo além, muitas vezes sendo mal compreendido pela direção. Embora a ciência tenha avançado muito, as doenças denominadas emocionais ainda se confundem com preguiça, falta de iniciativa, entre outras avaliações.

A docência traz, em sua história, um percurso com uma grande fratura, assim como outras instituições da sociedade. A profissão do professor, como alguém respeitado pois ensinava, havia uma seleção para atuar na área, do início do século XX, para o final do mesmo século, a partir dos anos 1980, pela falta de compreensão das leis, entre outros elementos, fazendo com que a categoria ganhasse uma nova característica, profissionais mais engajados em políticas, devido ao momento em o Brasil passava. Cursos de graduação favorecendo a entrada, devido a migração para cursos com mais status, juntando a isso, estudantes na escola básica sendo obrigado a estudar sem o desejo. Famílias focadas em seu trabalho, deixando de acompanhar o desenvolvimento do filho na escola.  Mesmo nesse cenário, a relação de poder autoritária imperou, fazendo com que os docentes buscassem mais os direitos, esquecendo alguns deveres e se perderam diante da sociedade. Assim, a figura do professor se desgastou, o local destinado ao ensino passou a ter um papel social desconhecido para a categoria, o espaço do pensar, da ciência, tanto de formação docente quando das crianças e adolescentes passa a ser percebido como assistência social.

Diante ao exposto, o docente passa a ser pensado pelo outro, pelos doutores das diferentes áreas científicas ou até uma justaposição de saberes.  Meio paradoxo, pois seria um espaço de conhecimento, até favorecendo às relações interpessoais.  Talvez como se percebe nas midias sociais há uma estereótipo a ser compreendido, quem é o sujeito atrás das imagens, tentando ler o que está oculto, buscando atualizar-se sem saber direito em que.

Além de ao estar imerso em todas as relações que decorrem deste contexto, estar com um atestado psiquiátrico na mão é sinônimo de fraqueza, quando deveria ser de força, pois está buscando a cura para seu desconforto.

 Referências Bibliográficas:

 ANASPS. Cerca de 70% dos professores se afastam por problemas emocionais (2017). Disponível em: Cerca de 70% dos professores se afastam por problemas emocionais – Anasps. Acesso em:30/08/2021

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre. Artmed, 2008.

 MÓDULO 6. Curso de formação em psicanálise - psicanaliseclinica.com (2020)

PASSOS, Letícia. Pesquisa mostra que 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental. REVISTA VEJA. (2019) Disponível em: Pesquisa mostra que 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental | VEJA (abril.com.br). Acesso em:27/08/2021

TEIXEIRA, Larissa. Nova Escola. 2018. 66% dos professores já precisaram se afastar por problemas de saúde. Disponível em: 66% dos professores já precisaram se afastar por problemas de saúde (novaescola.org.br) Acesso em: 30/08/2021

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Matéria, Conteúdo, inter/transdisciplinaridade

                                                                   Maria Helena

 

Costumo dizer que quanto menos a pessoa entende de um assunto, mais tem o que falar. É o meu caso. Desculpem colegas, talvez eu seja redundante e até prolixa.

A disciplinaridade, no fazer escolar, nos remete em “lembrar” dos fragmentos de caixinhas nos passadas por “pseudociências”. E assim, como o homem vai se desenvolvendo, ou não...procura aperfeiçoar sua visão de si próprio e do mundo, denominada esta reflexão de filosófica, pois busca constantemente uma verdade. Porém, para buscá-la necessita primeiramente saber o que se procura. Nesse enredo, as diferentes visões, em um reverso de procurar uma unidade, divergem de uma forma tão disciplinar, buscando a interdisciplinaridade ou até a transdisciplinaridade.

É muito interessante assistir tal discurso, onde por meio, nem mais de disciplina, nem de matéria, como denominávamos, tentar explicar a interdisciplinaridade ou transdisciplinaridade ao Outro. Por vezes, através de filmes, técnicas...se o exemplo ensina mais que as palavras, o que estamos fazendo?

Pensamos na formação de pessoas reflexivas, que consigam compreender, e, nesse processo, ir abstraindo, interpretando à luz de conhecimentos sócio históricos prévios, analisando aquilo que é uma novidade para ir incorporando ao seu repertório.

A nossa prática nos trai, entrega qual teoria seguimos. Desejamos contribuir na formação de sujeitos em seus múltiplos aspectos, portanto para tal precisaríamos reconhecer tais aspectos. Pensamos e falamos da necessidade de ver o coletivo, para além de um amontoado de sujeitos e aqui iniciam alguns paradoxos. O coletivo é feito por indivíduos, únicos, indivisíveis, com identidade própria, que o distingue dos demais. Se conseguimos percebê-lo assim, e respeitamos sua história individual, começamos a vê-lo de forma inter/transdisciplinar.

Essa premissa, altera a visão que a ciência pedagógica possui do seu planejamento. Ao iniciar determinado tema, perceber que cada sujeito faz uma representação individual, partindo de sua bagagem histórica, que as interações feitas ao longo de sua jornada tiveram interferência de seu aparato neurológico, o acesso ao objeto a ser apreendido, onde isso se encontra em sua escala de valores, enfim, respeitar em sua indivisibilidade. Contudo, para que não fique em uma visão individualista, há que percebê-lo com um SER de pertença, pois, se identifica com determinado grupo, isso lhe gera a tão necessária segurança.

Qual o conteúdo é necessário que o Outro, este sujeito com o qual eu educador/a me identifico, apreenda para desenvolver uma habilidade? Sim, me identifico, pois fazemos parte de um coletivo maior, a Humanidade. Não é disso que estamos falando, em contribuir na formação de seres humanos? Em nossa ingenuidade, e nas várias “ciências”, denominadas humanas, temos os vários conceitos para serem critérios e fundamentar as estratificações. Assim, o não pertencimento a um determinado grupo, faz com que nossa consciência esteja tranquila. Porém, quando vemos os espaços de ensino, como oportunidade de nos assumirmos, como diante de um espelho, a situação muda e muito.

Não estou dizendo que seja fácil fazer este exercício diário, o dever de casa. Não é complexo, é difícil porque assim fomos educados. E para quebrar com esta visão, devemos estar abertos, pois nosso primeiro sentimento é a negação, a resistência, que são mecanismos saudáveis.

Tudo isso para dizer que um projeto de formação que deseja abraçar de forma inter/transdisciplinar o SER, deve primeiro fazer a pergunta: estamos dispostos ao autoconhecimento individual e coletivo de nosso grupo, a partir dos múltiplos aspectos, os quais estudam a humanidade?

Não basta um planejamento à priori, estudando o significado de muti, inter trans, é mais além, é compreender que cada conteúdo não está isolado na sociedade, e ao “descer” pelo conteúdo, ao enraizar historicamente, perceber cada ciência com a sua contribuição, porém, a ciência também é criação humana, não é um ser.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Yo sé enseñar

 

(Mi admiración por los maestros de educación infantil)

                         (María Helena)

Sé enseñarle a tu hijo las letras, pintar y dibujar...

Te enseño a respetar horarios, reglas...

Ayudo a desarrollar la coordinación motora fina...

Lateralidad, dirección, equilibrio...

Enseño tanto contenido... ciencias, geografía, matemática...

Ahora lo que aprende del ejemplo de la familia en casa... Sí, por mucho que los ame, ¡no puedo enseñarte!

Las semillas buscan luz, calor, agua para vivir...

Así que nuestros hijos buscan el amor, el afecto...

Buscan los límites, la indicación de lo que está bien y lo que está mal para desarrollarse sano, respetar a todos los demás seres vivos y ser muy felices!

 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

(Des)estrutura emocional: ressignificando paradígmas

 

Maria Helena 

(elaborado a partir da palestraSaúde Mental: Um Olhar Ao Sofrimento Psíquico Em Um Mundo Pós-Pandemia André Figueira)

             A pandemia decorrente do corona vírus vem provocando uma grande revisão em todos os padrões estabelecidos na e pela sociedade. Pois, sendo o homem um ser social, ao longo de sua história foi criando regras para uma boa convivência e nestas combinações, uma geração passando à outra toda a sua cultura. Aqui a definição acaba por coincidir com a educação em sentido geral, quando Brandão (2002) afirma ser essa um conjunto de conhecimentos, crenças, valores de que um grupo comunga e repassa aos mais jovens por meio de sua prática cotidiana.

O contexto oferecido pela pandemia é em principio assustadora em todos os aspectos: midiático, pela própria ciência não fornecer certezas das causas e consequências da saúde individual e coletiva. O fenômeno fez a economia recolher-se aguardando momentos mais certos. Contudo, certeza indicada por quais indicadores?. Nunca se ouviu falar tanto em observatórios. Assim como: lockdawn, homeoffice, remoto. O uso do álcool em gel substituiu o sabonete, modelos de máscaras ditando moda.

Um novo paradigma se instalou, entendo-o como padrão, modelo. Trazendo à tona, para Lemos (2019) o conceito de Kuhn, o paradigma assume uma função estruturante da maneira de analisar e compreender os fenômenos, enquanto para Morin, se percebe como a matriz do pensamento ocidental indica um significado amplo.

Ante ao exposto, perante o cenário o qual estamos vivenciando, todos estamos experimentando situações cotidianas, tentando refazer uma rotina. Cada ciência lança sobre o mesmo o seu olhar, descrevendo as características a partir de sua posição política e filosófica.

Fazendo uma incursão na história se percebe momentos aos quais a humanidade teve que se adaptar rapidamente às novas condições impostas: guerras, peste negra, gripe espanhola, intempéries. Ainda, com relação às questões da economia, da agricultura manual às máquinas, do serviço artesanal à manufatura, à revolução industrial. Situações essas geraram novas condições à sociedade, ocasionando incerteza, insegurança. Se vivia no improviso, sim, pois um novo paradigma não permite tempo para planejar-se, provisório, não se teve e nem se tem agora a certeza de prazos. Toda a rotina é alterada, e nunca a tecnologia esteve tão presente em nossas vidas. Mesmo o homem sendo um ser social, se vê limitado por poder ter suas relações interpessoais mediada por aparelhos, celulares, computadores. É uma realidade posta e imposta.

A situação descrita vem causando um estresse, pois diante de qualquer nova situação o organismo reage de várias formas, quer emocional ou fisicamente.

No contexto atual, cada sujeito se esbarra com a sua própria estrutura, conhecê-la para ir adiante, ou ir adiante para se conhecer ou ressignificar a sua estrutura, principalmente a emocional. Cada ser é formado a partir de emoções, conhecimentos, valores de seu entorno. Assim, há percepção coletiva, contudo, há uma percepção individual.

Na percepção coletiva aproveito o conceito de Representação Social de Serge Moscovici. Talvez pareça paradoxo, no entanto deseja-se trazer o grupo nesta visão de mundo.

De acordo com Portal Educação (2020) Serge Moscovici se ocupou do estudo da difusão da psicanálise, de sua apropriação e transformação pela mesma para outras funções sociais. Poderia se estar tratando da sociologia de Durkheim, porém seu olhar para o grupo se distanciava dessa visão. Tornando-se, assim o núcleo de uma investida, não mais como um amontoado de sujeitos social de forma excessivamente individualista.

Diante do cenário a nós apresentado pela pandemia, entende-se fundamental a compreensão do que seja uma representação social. Seguindo a autoria supracitada, este conceito está para além de mera opinião, relaciona-se está à avaliação do objeto, aos sentimentos, à pertença de um grupo, respeitadas as categorias individuais destes agrupamentos, quer social, econômico.

Se comparada às situações vivenciadas pela humanidade nos séculos passados, com um modelo de ciência, onde os paradigmas eram rígidos, sem uma visão dialética de cada momento, esta pandemia pautada em um modelo de ciência contemporâneo, traz um olhar multifocal para o fenômeno.

Ratifica-se o posicionamento do Portal Educação (2020) quando salienta Moscovici, que atualmente existem os pensamentos considerados reificados que são os saberes considerados com a rigorosidade cientifica, temos ainda, as especialidades. E os pensamentos consensuais em que não existe a exigência de métodos comprovados, a legitimação do conhecimento acontece pela atividade intelectual partilhada com o grupo no cotidiano.

Diante ao exposto trago a palestra de André Figueira neste Congresso, onde há um esclarecimento necessário ao sujeito e ao grupo, sem a exclusão mútua. Pois uma sociedade e feita de sujeitos, não sendo saudável massificá-la ou patologizá-la, em qualquer situação. Pois cada indivíduo fará os enfrentamentos do seu jeito.

Para Figueira (2020) a negação também é um modo de encarar a realidade. Mesmo as piadas são formas de lidar com os problemas decorrentes da pandemia. Outros ficam ligados a todos os dados, se informando exaustivamente. Alguns acreditam de tal modo onde há um isolamento quase patológico. Porém, são mecanismos que cada sujeito consegue reagir. Cada qual sofre e não percebe o próprio sofrimento, sublimando, por vezes: estudando, praticando esportes, aprendendo cozinhar, cuidar de plantas, entre outros.

Assim, o paradigma que está instalado, pois temos uma sociedade posta, está propondo que cada sujeito se descubra para conseguir fazer a travessia.

Figueira (2020) assevera que este tempo o qual estamos vivendo é um momento propicio para reconhecer o sofrimento, os próprios afetos, compreendendo a maneira como somos atingidos. A maneira como cada sujeito se dispõe a observar e acolher a forma como é afetado por essa avalanche provocada pela pandemia, também é muito importante. O escapar o controle sobre o futuro apresenta implicações bastante diversas entre sujeitos.

O autor continua sua reflexão afirmando que o não saber o que irá acontecer é desorganizante, é uma grande oportunidade de defrontação de ser, sofrer no mundo e vem acompanhado de angústia. Claro está que este novo paradigma deve ser observado com mais cautela.

 E isso não é uma tarefa fácil, segundo Figueira (2020), pois essa experiência com o mundo, relacionar-se com este novo cenário gera sofrimento. Contudo, há pistas de como estabelecer uma relação com a realidade posta, exemplo: tentar criar uma rotina, ou preservar aquela que havia, no que for possível, para que possa encontrar algo familiar neste regime tão rígido. Mesmo que sejam pequenas questões, situações, limitar tempo para cada tarefa, estando em homeoffice e não fazer de toda a casa um escritório, alimentar-se nos horários devidos.

Estamos fazendo uma travessia desgastante, devido ao número de doentes, de luto, desemprego, porém, devemos aprender a conhecer o mundo como vem se apresentando.

Diante da exposição de Figueira (2020) a reflexão segue sobre o momento atual, este necessita de acolhimento, de escuta acolhedora, empatia. Sem viver de frases prontas, porém não proporcionar ainda mais a desestrutura de quem busca se autoconhecer, pois cada sujeito lida com sua realidade de acordo com a sua bagagem, com o que construiu até então.

Por vezes passa a sensação de estarmos anestesiados diante de tanta informação, tantas notícias tristes, desanimadoras, sem o devido tempo para refletir sobre como estão as pessoas em suas casas, em seus trabalhos, nas possibilidades de lazer, passado um ano da pandemia. Em contrapartida, percebo o empenho de muitos, porém, é preciso olhar para além da cortina de fumaça que nos engana, turva a percepção do objeto a ser observado, neste caso nossa estrutura emocional.

A partir da palestra e dialogando com demais autores é possível pensar, de modo bastante efêmero, ainda, que durante uma tempestade, somos bastante extremistas, ou temos muitas certezas ou não sabemos no que acreditar. A realidade posta ou imposta nos faz muitas perguntas e exige respostas rápidas, porém momentâneas.

 

Referências bibliográficas:

 BRANDÃO, Carlos R. O que é educação. São Paulo: Editora Brasiliense, 2002. 

LEMOS, P. B. Silva. O conceito de paradigma em Thomas Kunh e Edgar Morin: similitudes e diferenças. Publicado em 27/06/2019. Disponível em:<  (PDF) O conceito de paradigma em Thomas Kunh e Edgar Morin: similitudes e diferenças (researchgate.net)>. Acesso: 16/06/2021.

FIGUEIRA, André. Saúde Mental: Um Olhar Ao Sofrimento Psíquico Em Um Mundo Pós-Pandemia. Congresso Brasileiro de Inovação. Disponível em: < Saúde Mental: Um Olhar Ao Sofrimento Psíquico - Palestra de André Figueira - Inovação PRO [Unimind] (inovacao.pro)>

PORTAL EDUCAÇÃO. Teoria das representações sociais. Disponível em: <teoria das representações sociais - portal educação (portaleducacao.com.br)>. Acesso: 17/06/2021.

 

terça-feira, 30 de março de 2021

VERBOS PARA OBJETIVOS EM PLANEJAMENTO ESCOLAR

 VERBS FOR OBJECTIVES IN SCHOOL PLANNING

Maria Helena

 

Verbo indica uma ação. O ato de planejar leva o docente a pensar em verbos. No entanto, antes disso é preciso saber quanto tempo temos para desenvolver a ação proposta. Lembrando que todo objetivo é para o estudante. Temos objetivos que serão desenvolvidos em três anos, é o caso de U.C.s que fazem parte dos 3 anos da matriz curricular do ensino médio. Ainda, se são para dois anos, um ano, um semestre, uma unidade, um conteúdo.

Para chegar a uma determinada operação mental, se parte de um conhecimento prévio, assim para: diferenciar, deve-se reconhecer, caracterizar cada objeto, para posteriormente diferenciar. Portanto, o docente necessita reconhecer quais operações mentais foram necessárias e se essas foram desenvolvidas até chegar ao verbo escolhido. 

Partindo do suposto que as ações, as quais o estudante irá desenvolver, devem ser aferidas para poder avaliar, portanto o estudante deve provar que aprendeu, aplicando tal conhecimento em uma nova situação.  Assim ele pode: 

 Abstrair – o que indica que houve a ação? Aplicando? Executando?

Ex: Abstrair as ideias principais do projeto;

 Analisar – o que? Como saber que desempenhou a ação? Relatando? Explicando?

Ex: Analisar a obra de Oscar Niemayer: o Conjunto da Pampulha;

 Aplicar – um conceito adquirido a uma nova situação?

Ex: Aplicar a fórmula de X nos exercícios.

 Apreciar – como saber se apreciou?

Ex: Apreciar o evento que originou a independência dos UEA da Inglaterra;

 Compreender – que ação demonstrará que compreendeu? Respondendo corretamente?

Ex: Compreender a importância do estudo da física para a sociedade;

 Caracterizar – o que eles entendem por caracterizar?

Ex: Caracterizar socialmente a importância dos meios de comunicação;

 Classificar -

Ex: Classificar os continentes com seus respectivos países;

 Confirmar – uma nova tese?

Ex: Confirmar o projeto de desenhos com maquetes;

 Considerar

Ex: Considerar as possibilidades oferecidas por um projeto elétrico;

 Criara partir do quê? Conceito de criar, criação? Criatividade? Cuidar para não cair na subjetividade, a avaliação deve ser objetiva, verificável, mensurável. Cuidado ao usar o critério criatividade.

Ex: Criar soluções para infiltração de água em paredes de alvenaria.

 Demonstrar – por quais meios?

Ex: Demonstrar os dados demográficos da população infectada pelo Covid 19 na cidade X;

 Descrever -

Ex: Descrever os passos necessários para a elaboração de um projeto arquitetônico;

 Destacar -

Ex: Destacar os principais países cuja tecnologia serve de modelo para outros países;

 Diferenciar-

Ex: Diferenciar ambiente natural de ambiente social;

 Entender – indicadores que houve entendimento?

Ex: Entender o fluxograma atual usado em grandes empresas do ramo automobilístico;

 Examinar – o que? Para que?

Ex: Examinar o projeto elétrico em seus principais elementos;

 Executar – qual o padrão será aceito?

Ex: Executar o planejamento sobre horta orgânica;

 Exercitar – para memorizar, automatizar, desenvolver outro objetivo e o exercício é uma estratégia?

Ex: Exercitar a habilidade de navegação na modalidade a distância;

 Explicar – a partir do que, resumido, o todo, analisando?

Ex: Explicar a construção da maquete sobre os diferentes tipos de terreno;

 Identificar -

Ex: Identificar os componentes principais da placa mãe;

 Interpretar – textos, imagens? Interpretação passa pela compreensão.

Ex: Interpretar à luz do texto sociedade e consumo, no documentário Y;

 Julgar – como avaliar? Há uma expectativa sobre o juízo que o estudante emitirá?

Ex: Julgar, de acordo com os conceitos de colaboração, a atitude X no filme...............

 Mapear – conceito de mapeamento?

Ex: Mapear um fluxo de informação capaz de conotar uma comunicação eficaz.

 Narrar -

Ex: Narrar a trajetória das civilizações que constituíram as primeiras civilizações no continente;

 Observar – o que? Como saber se observou? Descrevendo?

Ex: Observar as regras para a utilização de IPIs;

 Organizar – indicadores para saber se houve organização: organizar uma festa, um laboratório, livros em uma estante.

Ex: Organizar o laboratório de física, atendendo as normas técnicas;

 Participar – qual o conceito de participar? Da aula? De um evento? Qual ação se espera do estudante?

Ex: Participar do fórum sobre direitos à aprendizagem;

 Problematizar – a partir do que? Qual o significado? Problematizar para quê?

Ex: Problematizar a tese X de Einstein;

 Qualificar – a qualificação atribuída pelo estudante atende a um padrão, conhecido pelo mesmo?

Ex: Qualificar os elementos necessários à argumentação.

 Reconhecer -

Ex: Reconhecer a importância do conhecimento das normas técnicas na aplicação de....;

 Redigir -

Ex: Redigir um resumo dos principais itens estudados em sala;

 Refletir – o que indica que houve reflexão? Relatando?

Ex: Refletir, partindo das ideias de X, sobre o papel das mídias sociais;

 Relatar -

Ex: Relatar os dados da pesquisa sobre as ferramentas mais utilizadas por adultos acima de 60 anos.

 Selecionar -

Ex: Selecionar, após estudos sobre solos, os mais adequados à construção de quadras esportivas.

 Sintetizar – para sintetizar passa-se pela análise, como operação mental, deve estar atendo a isso, talvez o estudante não consiga a síntese porque não sistematizou a análisa.

Ex: Sintetizar as principais ideias de X, estudadas no semestre;

 Sistematizar -

Ex: Sistematizar em ordem cronológica o povoamento dos países da américa do sul;

Lembrando que todos os verbos utilizados nos objetivos devem ser apresentados para os estudantes, assim, os mesmos saberão o que se espera deles.

 leia também: PLANEJAMENTO DE ENSINO: COMO ELABORAR OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

 

sexta-feira, 26 de março de 2021

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E PANDEMIA

 

Maria Helena

 

Quem acompanhou o trajeto construído, partilhado, fragmentado da elaboração da BNCC, desde as orientações da Constituição Federal 1988 – “cidadã”, deve estar se perguntando, por que aqueles que sonharam com uma oportunidade “infeliz” de propiciar uma formação focada no sujeito, como protagonista da própria história, insiste em trabalhar com conteúdos, descontextualizados como estivéssemos no início do século XX?

Não são os celulares, computadores que farão do ensino hibrido uma estratégia que promova, contribua na formação de sujeitos pautados na ética, estética e outras questões tratadas pela axiologia.

A EaD, acontecia pelo rádio, revistas, informativos, não é novidade. Estamos em uma pandemia, onde toda a família está sendo atingida por pânico, desemprego, óbitos, entre outras consequências. Portanto, o ensino hibrido necessita rever a razão de ser da escola e fazer jus a sua autonomia, como instituição social.

Com base na CF, a LDB 9394/96 traz suas diretrizes focadas no respeito ao direito de aprendizagem,  art. 1º, § 2º “A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.  E art. 2º “inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando”. Entendo que em um contexto capitalista, o trabalho ganhou e ganha conotações bastante específicas em cada momento histórico. Não entrarei neste mérito, pois neste Blog há posts com referência ao assunto e à educação. Constatado a economia, educação escolar e pandemia, percebo que a escola, vem como um autômato cumprindo as exigências das diretrizes que estão mais para uma cultura instalada do que à própria legislação. E os gestores e docentes estão muito ocupados em seguir todas as atribuições a eles conferidos não percebendo o seu nível de autonomia diante de tantos documentos que comprovam, ainda não entender que as competências e habilidades descritas na BNCC tem muito a ver com o momento em que estamos experienciando, infelizmente. Não houve tempo para planejar o ano 2020, e 2021 a escola planejou-se transferindo o momento presencial ou remoto para o híbrido, apresentando o plano de contingências.

A sensação que passa é de estarmos anestesiados diante de tanta informação, tantas notícias tristes, desanimadoras, sem o devido tempo para refletir sobre como estão os estudantes em suas casas, passado um ano. Entendo que houve, por parte da escola, interesse em verificar que todos os estudantes tivessem acesso as atividades, entendo que o papel social dos pais não é de ser professor, contudo penso, como professora que sou, não havendo um ambiente físico e emocional propício, este menino, esta menina dificilmente terá condições de seguir memorizando conteúdos e o docente tentando “inventar” aulas “atrativas”.

Percebo o empenho de todos, porém, é preciso olhar para além da cortina de fumaça que nos engana, turva a percepção do objeto a ser observado. Não possuo solução, mas convém pensar no esforço diário de docentes, gestores e pais para que os estudantes consigam usufruir o seu direito de aprender, que faça a sua trilha de aprendizagens necessárias à sobrevivência deste momento histórico. De que forma esses jovens estão interagindo com a escola, como estão participando, suas sugestões estão sendo ouvidas???? Penso que eles têm muito a contribuir neste momento.

Quando a escola tecnicista tomou conta, o papel do professor passou a ser de instrutor, não se deseja que hoje o docente se torne conselheiro, pois mesmo sendo o “adulto da relação” se encontra desencantado, neste triste cenário. Talvez seja o momento de permitir o desenvolvimento do emocional, espiritual e, incoerentemente, o social, utilizando as mídias sociais do “jeito” que nossos estudantes utilizam. E não simplesmente continuar passando “power point”, desenvolvendo exercícios totalmente desarticulados da realidade a qual vive. Compreendo não ser saudável um tema de projeto denominado pandemia, porém Solidariedade é possível, assim como Afeto de afetar, Cultura, pois está acontecendo alterações nos hábitos, Família, porque há muito que essa não conseguia nem ter um conflito saudável, que faz parte do desenvolvimento emocional, Criatividade, as famílias estão criando possibilidades de gerar renda para suprir os gastos. Principalmente, Ciência e Ética. Assim, estaremos possibilitando aos estudantes momentos de pensar, compreender, analisar e tantos outros verbos/ações descritos nos planejamentos a fim de atender a BNCC.


leia aqui BNCC E PANDEMIA: HORA DE PÔR EM PRÁTICA,  MAS COMO DEIXAR O TERRITÓRIO CONHECIDO?

 

 

 

 

terça-feira, 16 de março de 2021

LA NECESIDAD DE UN PLAN DE LECCIONES

 

Aquellos que asisten a la pedagogía y otros grados están familiarizados con el plan de la lección. Sin embargo, los profesores que elaboran eficazmente este tipo de plan son los profesionales de la educación de la primera infancia y los grados iniciales. Pocos de los grados finales y la escuela secundaria también elaboran sus planes, artículos indicados, páginas de ejercicios y el registro de algunas observaciones.

Los consejos participativos de clases, algunos indicadores legales y normativos sobre la vida escolar de los estudiantes, han contribuido a cambiar el escenario. Actualmente más profesores están usando su "libro de planes", su cuaderno, tanto como hay registros en su computadora. Si el maestro tuviera la percepción de las ventajas de elaborar su planificación de clase y lo mucho que este puede ser su aliado durante el año, crearía un tiempo en su agenda para facilitar su vida profesional.

El plan de lecciones no necesita tener un lenguaje hermoso, si la escuela o la Red no tiene un "modelo", recuerde que este guión es la sistematización de una planificación, es decir, lo que el maestro pretende enseñar después de analizar las observaciones hechas de la última clase.

La planificación es estudiar, pensar, qué enseñar, cómo enseñar, cómo saber si están aprendiendo. Por lo tanto, comienza con los objetivos, pensar en el plan de enseñanza, los objetivos generales, qué operación mental necesita desarrollar el estudiante: analizar, contextualizar, diferenciar, mapear, sistematizar, caracterizar, aplicar.... aquí también piensan que instrumento, recurso, técnica se utilizará durante la clase para saber si usted mismo se está haciendo entender. durante una prueba o cualquier otro recurso evaluador, el maestro no debe elaborar preguntas cuyas funciones mentales no se desarrollan en el aula. Ejemplo: siempre se trabajó con el análisis y en la síntesis de solicitudes de evaluación.

Después de seleccionar los objetivos, indique en qué se va a trabajar el contenido. Si estamos trabajando con la evaluación procedimental, la línea teórica histórica cultural, uno debe comenzar por cuestionar a los estudiantes lo que saben sobre el tema, dónde se enteraron, e ir a mapear en la pizarra y explicar por qué cuando utilizan el texto, o libro, dependiendo de la clase, tendrán mayor familiaridad.

 

Los procedimientos son otro paso, simplemente se puede describir qué tipo de técnica, si es leer, ver una película, pintar un mapa, crear un maquete...

Evaluación, en esta etapa se vuelve a la meta de la clase, no se puede esperar el día de la prueba. Normalmente hago al final de la clase una síntesis de lo aprendido, a través de preguntas, ese día y lo escribo en mi cuaderno de plan. Tareas, ¿es necesario irse? ¿A qué año vas? ¿Tiene autonomía intelectual capaz de desarrollarse? ¿Cuál es el punto? ¿Para hacer ejercicio? ¿Deben desarrollarse los estudiantes por su cuenta? ¿Cómo sabes si tienes la ayuda de los demás?

Observaciones generales: hubo un hecho diferente, la interrupción de la clase, finalmente cualquier situación que implica en el "cambio de plan".

En principio parecen problemas innecesarios y no hay tiempo para pensar en 20 planes diferentes, pero ayudarán mucho en los consejos de clase, para las derivaciones de los estudiantes para orientación, cuando los padres vienen a la escuela, o incluso en cuestión que vienen al poder judicial. A menudo digo, el maestro que no planea sus clases, termina siendo tomado como rehén por los estudiantes, además de perder el tiempo al principio, estos se dan cuenta, pierde su credibilidad, todavía preguntará dónde lo dejaron. En un intento de transmitir a los alumnos que el maestro trabaja en 2 o 3 escuelas, que "ofrece" clase a 20 clases, entonces no se acuerda de todos, pero su desorganización causa, en este espacio de tiempo, una clase sin entusiasmo, porque el mensaje subliminal es: "no eres tan importante como crees".

¿Cómo puedo decir eso? Investigando con estudiantes de secundaria y universitarios. Normalmente lo llamo "radio" por las noticias que escucho en la escuela. Siempre he disfrutado caminando por el patio y yendo al baño de los estudiantes. Las conversaciones no dejan lugar a dudas de que muchos estudiantes saben muy bien lo que es un profesional competente. Mi intención aquí hoy no era lidiar con los problemas a los que nos enfrentamos en nuestra profesión, que sigue este Blog, conoce mi posición en el contexto.

El plan de lección, aunque ocupa una página, es un gran aliado, un instrumento que organiza nuestro pensamiento.