terça-feira, 2 de março de 2021

A NECESSIDADE DO PLANO DE AULA

 

Maria Helena


Quem cursa magistério, Pedagogia e demais licenciaturas está familiarizado com o plano de aula. No entanto, os professores que efetivamente elaboram esse tipo de plano são os profissionais da educação infantil e séries iniciais. Poucos das séries finais e ensino médio também elaboram seus planejamentos, indicado itens, páginas de exercícios e registrando algumas observações.

Os conselhos de classe participativos, alguns indicativos legais e normativos com relação à vida escolar dos estudantes, tem contribuído para mudar o cenário. Atualmente mais professores estão utilizando o seu “caderno de planos”, sim caderno, por mais que haja registros em seu computador. Se o docente tivesse a percepção das vantagens de elaborar seu planejamento das aulas e quanto esse pode ser seu aliado durante o ano, criaria um horário em sua agenda para facilitar sua vida profissional.

Aqui não entrarei no mérito do tempo que o professor não dispõe para poder se planejar, embora haja horas dedicadas a estas atividades, prescritas em lei. Mas quem está no interior de duas ou três escolas, saindo de uma turma para outra, mal consegue procurar materiais, verificar se os laboratórios estão disponíveis, se os aparelhos áudio visuais estão funcionando e onde os mesmos estão, também conversar com coordenadores pedagógicos, pais, etc...Estou me referindo aqui, às escolas públicas de muitas Redes que conheci.

O plano de aula não precisa ter palavreado bonito, se a escola ou a Rede não possui um “modelo”, lembre-se que esse roteiro é a sistematização de um planejamento, ou seja, daquilo que o professor pretende ministrar após ter analisado as observações feitas da última aula.

Planejar é estudar, pensar, o que ensinar, como ensinar, como saber se estão aprendendo. Portanto inicia-se com os objetivos, pense no plano de ensino, nos objetivos gerais, qual operação mental o estudante precisa desenvolver: analisar, contextualizar, diferenciar, mapear, sistematizar, caracterizar, aplicar....aqui também pense que instrumento, recurso, técnica será utilizada durante a aula para saber se você está se fazendo entender. Quando perguntamos: entenderam????nem o professor, nem o estudante sabe se entendeu ou não. Então faça perguntas, trabalhe de forma dialogada, problematizadora, peça para um estudante sistematizar o que foi explicado ou sintetizar. Pois durante uma prova ou qualquer outro recurso avaliativo, o professor não deve elaborar questões cujas funções mentais não sejam desenvolvidas em sala. Exemplo: sempre trabalhou com análise e na avaliação solicita síntese.

Após a seleção dos objetivos, indique quais são os conteúdos, a serem trabalhados. Se estamos trabalhando com avaliação processual, linha teórica histórico cultural, se deve iniciar questionando os estudantes o que sabem a respeito do tema, onde ouviram falar, e vá mapeando no quadro e explicando porque quando forem usar o texto, ou livro, dependendo da turma, terão maior familiaridade.

  Procedimentos é outra etapa, pode simplesmente descrever que tipo de técnica, se é leitura, assistir um filme, pintar um mapa, criar uma maquete...

Avaliação, nesta etapa volta-se ao objetivo da aula, não se pode esperar pelo dia da prova. Eu costumo fazer ao final da aula uma síntese do que se aprendeu, por meio de perguntas, no dia e vou anotando em meu caderno de plano.

Tarefas, é necessário deixar? Que ano frequentam? Possuem autonomia intelectual capaz de desenvolver? Para quê? Para exercitar? Os estudantes devem desenvolver sozinhos? Como saber se estão com ajuda de outros?

Observações gerais: houve algum fato diferente, interrupção da aula, enfim qualquer situação que implique em “mudança de plano.”

Em princípio parecem questões desnecessárias e não há tempo para pensar em 20 planos diferentes, porém ajudarão muito em conselhos de classe, para encaminhamentos de estudantes para orientação, quando os pais vêm até a escola, ou até em questão que chegam ao judiciário. Costumo dizer, o professor que não planeja suas aulas, acaba ficando refém dos estudantes, além de perder tempo no início, esses percebem, perde a credibilidade dos mesmos, ainda irá perguntar onde pararam. Na tentativa de passar para os alunos que o professor trabalha em 2 ou 3 escolas, que “dá” aula para 20 turmas, então não lembra de todas, porém sua desorganização ocasiona, neste espaço de tempo, uma turma sem o entusiasmo, pois a mensagem subliminar é: “vocês não são tão importantes quanto pensam. ”

Como posso afirmar isso? Fazendo pesquisa com estudantes de ensino médio e universitários. Costumo chamar de “rádio corredor” para as notícias que ouço na escola. Sempre gostei de caminhar pelo pátio e frequentar o banheiro das estudantes. As conversas não deixam dúvida de que muitos alunos sabem muito bem o que é um profissional competente. Meu intuito aqui hoje não foi tratar das mazelas que enfrentamos em nossa profissão, quem acompanha este Blog, conhece minha posição diante do contexto.

O plano de aula, embora ocupe uma página, é um grande aliado, um instrumento que organiza o nosso pensar.

segunda-feira, 1 de março de 2021

PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO SUPERIOR

                                                                Maria  Helena

Como o nome indica é o planejamento de um processo que deverá seguir um curso, como um rio, possui seu limite, há uma direção, os rios desaguam em outros rios até que chegue ao seu objetivo, o mar.

 Este seriam os itens essenciais: (observe algum documento orientador da Rede ou Instituição, um tutorial)

 

1.  Identificação:


2.  Justificativa – se for o primeiro projeto, justificar a necessidade de implantação do curso, se for alteração, atualização do plano: constar as leis, normativas, referentes ao curso e ao projeto institucional.


3.  Dados quantitativos: recursos materiais que o curso se utiliza, quadro de funcionários do curso, Unidades Curriculares, n.º de alunos por turma, n.º de reprovados, evadidos dos 2 últimos anos. Para poder projetar.


4.  Perfil de: egresso, docente, coordenador de curso.


5.  Referencial teórico: teoria de aprendizagem, de currículo, avaliação, planejamento, concepção da adolescência e jovens. Forma direta, nas concepções cuja instituição se apoia, não necessita trazer todas. Lembrar que o Projeto Institucional, possui todas as concepções de forma ampla. Poderá ser um resumo do que trata o PDI, lembrando das normas referentes às citações diretas e indiretas. Não há necessidade de trazer novos autores. Somente quando o referencial do PDI for atualizado.


6.  Diagnóstico: o projeto geral institucional parte das necessidades de cada curso. Lembrando que diagnóstico é a comparação entre o ideal de curso e a realidade posta. Um quadro respondendo – que temos, fazemos e o que devemos ter, fazer.


7.  Programação: indicar as necessidades a serem executadas, as estratégias, os responsáveis e prazos.

Deixar metas para o Projeto Institucional, lembrando: meta possui percentual e prazo.

8.  Avaliação: indicar o prazo, os participantes que avaliarão o Projeto. A programação deverá ser avaliada anualmente e o referencial teórico, a partir das atualizações do projeto Institucional.


9.  Observações gerais: sobre as rotinas do curso, indicar o Regimento Interno como documento que normatiza todas as questões referentes aos profissionais e estudantes.


10.         Referênciais bibliográficos;

Anexos ou apêndices.

Planos de ensino.