RESISTANT TEACHERS OR AUTHORITIES FAR FROMTEACHING REALITY??
Maria Helena
Em textos anteriores propus
reflexões sobre planejamento, avaliação, elementos políticos educacionais,
desde o chão da sala aos componentes internacionais que interferem em uma
escola.
Interessante ouvir e ver
tantas orientações aos docentes neste tempo em que a escola, bem como, demais
instituições e organizações foram arremessados a um novo contingente. Quem está
na área da educação há mais de 20 anos pode afirmar, com certeza que os
discursos da academia não mudaram. Tão evidente que a pesquisa sobre as tendências
pedagógicas continuam sendo ensinadas sem saber, passados mais de 30 anos
daquelas indagações, onde estão seus autores? E a que se dedicam hoje? As
licenciaturas também ensinando sobre Vygotsky e Piaget, como se fossem novas,
suas teorias. Sem dúvida foram revolucionárias, imprescindíveis para cada
momento histórico, contribuíram muito para a prática no contexto escolar. O que
tem isso a ver com o enredo?
Convém lembrar que toda a
sociedade está passando por um momento em que propõe um novo olhar sobre a
vida, o ser humano e a natureza. Portanto, quais conhecimentos são necessários
aos docentes e aos estudantes?
Estranhamente enquanto as
pessoas estão tentando se adaptar ao distanciamento social, uso de máscaras,
álcool, ampliar a percepção das condições em que se encontram, a rotina mudando
radicalmente, na profissão docente se continuam com as obrigações, como se essa
estivesse somente com relação ao professor habituar-se às metodologias que dão suporte ao
momento, esquecendo que esses seres humanos também estão se reinventando como
ser. Reconheço que muitos profissionais, em qualquer contexto, são contra
qualquer inovação, o que incita uma reflexão: seria medo em errar? Ser
criticado? Ter que empreender novos esforços? Não se reconhecer?
Em minha percepção, ampliando
a visão do estudante como sujeito de sua história, em que a escola é mais um lugar que ele frequenta é necessário questionar quais as expectativas
desses seres diante ao contexto vivenciado: pandemia, verdadeiras guerras
políticas dentro e fora do pais. Vivendo em um mundo globalizado, o que afeta
um espaço geográfico, chegará aos demais, é só uma questão de tempo. Assim, o
que seria imprescindível ensinar a esses adolescentes e jovens para poder
sobreviver neste cenário? Somente conteúdos considerados científicos pela
academia, que “cairão” no ENEM e/ou vestibular ou fundamental os conhecimentos
para conseguir perceber o contexto, desenvolver-se emocional e espiritualmente.
E os docentes, como estão? Continuam as licenças de tratamento de saúde, de ordem
emocional, desde uma simples questão, em pesquisa de cunho exploratório constata-se
que alguns estão sentindo-se invadidos em suas particularidades, pelas vídeo
aulas, reuniões frequentes.
Em textos anteriores trouxe a
questão de que um novo paradigma não espera preparo para acontecer, é uma
adaptação repentina, portando é passivo de presumir que todos estão em processo
de aprendizagem: estudantes, docentes, gestões e famílias, assim as secretarias
de educação também devem perceber a coerência entre o desejável e as
possibilidades. Acredito que essa geração esteja vivendo um momento impar em
aprendizagem, não somente conteúdos escolares.
Não estou aqui discutindo
somente o direito à educação escolar prescritos nas leis, também os demais
direitos à saúde e segurança por todo cidadão asseverados nos mesmos
Princípios.