quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Escolhas

                                                    Maria Helena

           Cecília Meireles, poeta brasileira, foi muito simples e direta em uma poesia para crianças Ou isto Ou aquilo (1964). Onde a criança sempre tem que optar entre duas situações.

                  No universo infantil, a criança não quer perder a oportunidade, ela deseja os dois, estudar e brincar, ficar com o doce e o dinheiro, faz birra e a cada dia faz as escolhas, por momento...

Trazendo para o universo adulto é tão complexo. Porque as escolhas são muito bem estudadas, por vezes, mais pela representação do que pela sua essência, mais pela avaliação dos demais do que pelo próprio desejo.

Por vezes vivemos de uma forma a qual devemos nos enquadrar, para tanto estudamos um personagem, ou uma forma para não sermos julgados e acabamos perdendo a nossa essência e não sabemos quem somos, ou o que somos.

Se...concordamos, não fazemos reflexão, se não concordamos, somos “do contra”, se iniciamos uma conversa, somos inoportunos, se não falamos “não nos misturamos”, e assim vai...

Reconhecer uma necessidade imediata, uma simples escolha não pode tornar-se um fardo, a cada dia somos colocados em frente a muitas situações e precisamos fazer as escolhas, ou alguém as fará por nós.

Quando temos os princípios de vida pautados no que há de mais nobre em nossa vida, o amor, a compaixão, a esperança, dificilmente erramos, porque nossas escolhas Ou isto Ou aquilo estarão coerentes à nossa essência. Considerando e reconhecendo no que é em essência, sendo essa, diferente de prepotência.

Toda opção vai além do desejo de somente agradar aos outros, às avaliações externas. Não se pode parecer livre para escolher, é necessário ser autêntico em seu jeito livre de buscar as alternativas essenciais da vida.