Maria Helena
Cecília Meireles, poeta brasileira, foi muito simples e direta em uma poesia para crianças Ou isto Ou aquilo (1964). Onde a criança sempre tem que optar entre duas situações.
No universo infantil, a criança não quer perder a oportunidade, ela deseja os dois, estudar e brincar, ficar com o doce e o dinheiro, faz birra e a cada dia faz as escolhas, por momento...
Trazendo para o universo adulto é tão complexo.
Porque as escolhas são muito bem estudadas, por vezes, mais pela representação
do que pela sua essência, mais pela avaliação dos demais do que pelo próprio
desejo.
Por vezes vivemos de uma forma a qual devemos
nos enquadrar, para tanto estudamos um personagem, ou uma forma para não sermos
julgados e acabamos perdendo a nossa essência e não sabemos quem somos, ou o
que somos.
Se...concordamos, não fazemos reflexão, se não
concordamos, somos “do contra”, se iniciamos uma conversa, somos inoportunos,
se não falamos “não nos misturamos”, e assim vai...
Reconhecer uma necessidade imediata, uma
simples escolha não pode tornar-se um fardo, a cada dia somos colocados em
frente a muitas situações e precisamos fazer as escolhas, ou alguém as fará por
nós.
Quando temos os princípios de vida pautados no
que há de mais nobre em nossa vida, o amor, a compaixão, a esperança,
dificilmente erramos, porque nossas escolhas Ou isto Ou aquilo estarão
coerentes à nossa essência. Considerando e reconhecendo no que é em essência, sendo
essa, diferente de prepotência.
Toda opção vai além do desejo de somente
agradar aos outros, às avaliações externas. Não se pode parecer livre para escolher,
é necessário ser autêntico em seu jeito livre de buscar as alternativas
essenciais da vida.