quinta-feira, 4 de junho de 2020

PROFESSORES RESISTENTES OU AUTORIDADES LONGE DA REALIDADE DOCENTE??


Maria Helena

Em textos anteriores propus reflexões sobre planejamento, avaliação, elementos políticos educacionais, desde o chão da sala aos componentes internacionais que interferem em uma escola.
Interessante ouvir e ver tantas orientações aos docentes neste tempo em que a escola, bem como, demais instituições e organizações foram arremessados a um novo contingente. Quem está na área da educação há mais de 20 anos pode afirmar, com certeza que os discursos da academia não mudaram. Tão evidente que a pesquisa sobre as tendências pedagógicas continuam sendo ensinadas sem saber, passados mais de 30 anos daquelas indagações, onde estão seus autores? E a que se dedicam hoje? As licenciaturas também ensinando sobre Vygotsky e Piaget, como se fossem novas, suas teorias. Sem dúvida foram revolucionárias, imprescindíveis para cada momento histórico, contribuíram muito para a prática no contexto escolar. O que tem isso a ver com o enredo?
Convém lembrar que toda a sociedade está passando por um momento em que propõe um novo olhar sobre a vida, o ser humano e a natureza. Portanto, quais conhecimentos são necessários aos docentes e aos estudantes?
Estranhamente enquanto as pessoas estão tentando se adaptar ao distanciamento social, uso de máscaras, álcool, ampliar a percepção das condições em que se encontram, a rotina mudando radicalmente, na profissão docente se continuam com as obrigações, como se essa estivesse somente com relação ao professor  habituar-se às metodologias que dão suporte ao momento, esquecendo que esses seres humanos também estão se reinventando como ser. Reconheço que muitos profissionais, em qualquer contexto, são contra qualquer inovação, o que incita uma reflexão: seria medo em errar? Ser criticado? Ter que empreender novos esforços? Não se reconhecer?
Em minha percepção, ampliando a visão do estudante como sujeito de sua história, em que a escola é mais um lugar que ele frequenta é necessário questionar quais as expectativas desses seres diante ao contexto vivenciado: pandemia, verdadeiras guerras políticas dentro e fora do pais. Vivendo em um mundo globalizado, o que afeta um espaço geográfico, chegará aos demais, é só uma questão de tempo. Assim, o que seria imprescindível ensinar a esses adolescentes e jovens para poder sobreviver neste cenário? Somente conteúdos considerados científicos pela academia, que “cairão” no ENEM e/ou vestibular ou fundamental os conhecimentos para conseguir perceber o contexto, desenvolver-se emocional e espiritualmente. E os docentes, como estão? Continuam as licenças de tratamento de saúde, de ordem emocional, desde uma simples questão, em pesquisa de cunho exploratório constata-se que alguns estão sentindo-se invadidos em suas particularidades, pelas vídeo aulas, reuniões frequentes.
Em textos anteriores trouxe a questão de que um novo paradigma não espera preparo para acontecer, é uma adaptação repentina, portando é passivo de presumir que todos estão em processo de aprendizagem: estudantes, docentes, gestões e famílias, assim as secretarias de educação também devem perceber a coerência entre o desejável e as possibilidades. Acredito que essa geração esteja vivendo um momento impar em aprendizagem, não somente conteúdos escolares.
Não estou aqui discutindo somente o direito à educação escolar prescritos nas leis, também os demais direitos à saúde e segurança por todo cidadão asseverados nos mesmos Princípios.





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