Maria Helena
Assim como uma tela permite a expressão de um artista, o corpo permite a expressão, somatizando o que não consegue representar de outra forma, pela comunicação da fala, por exemplo.
Não basta mudar a metodologia na saúde, avançar em técnicas, há que se entender o que é uma doença, o que é a saúde. Tanto a doença quanto a saúde acontecem em um corpo físico, psíquico, emocional, intelectual, espiritual...em um Ser.
O humano busca uma lógica. Contudo, teria capacidade de
raciocinar logicamente sobre tudo? Ou como na mitologia acaba criando
explicações plausíveis (nem tanto) para determinados grupos?
O belo, por exemplo, tão elucidativa na arte, não se explica, faz-se a fruição. Podemos optar pela arte de viver, assim buscando linhas filosóficas que relevem tal escolha, portanto necessita de uma visão de ciência toda própria para justificar os percalços do cotidiano, como a doença.
Entendo que, atualmente, se trata de saúde emocional, familiar,
social, profissional...no entanto, por que falamos de muitas “doenças” em um
corpo e não falamos muitas “saúdes”? Se um corpo pode ter doenças, então o contrário
dessas não é a saúde, pois essa se fala no singular. Ou não existe doença no
plural? É mais compreensível, pois é UM corpo que sofre com alguma desarmonia,
mesmo que o desconforto se espalhe de várias formas, em diferentes órgãos. É UMA
consciência, UM ânimo.
Não é somente uma questão de alternar métodos de cuidar
da saúde por determinados órgãos, quando esses na verdade lidam com doenças. Homeopático
ou alopático, natural ou industrializado, oriental ou ocidental. É mais que
isso, não é meramente criar recursos tecnológicos capazes dos mais apurados
diagnósticos, trata-se de ouvir o Ser cuja saúde está desarmonizada. Ouvir os seus sintomas, a sua história, mas isso
demanda uma equipe multidisciplinar, que irá juntar os vários olhares e ter uma
justaposição, somatória, ainda assim, a alma anseia em se expressar, em
comunicar que não está bem.
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