Maria Helena da Silva Meller[1]
Orientador [2]
Resumo
O
presente trabalho tem como objetivo geral organizar um escopo teórico
metodológico do treinamento ao ar livre - TAL, praticado pela Empresa Dinsmore Associates. É uma pesquisa básica, exploratória e
descritiva. Cujo procedimento técnico é bibliográfico, predominantemente
qualitativa na abordagem do problema. O TEAL ou TAL foi devolvido por
Paul Dinsmore, diretor presidente da Dinsmore Associates com sede no Brasil. O treinamento
é desenvolvido ao ar livre proporcionando aos participantes a oportunidade de
aprender a perceber as necessidades dos demais e poder colaborar com os mesmos.
Palavras-chave: Vivência Corporativa. Dinsmore Associates. Treinamento ao Ar Livre.
1 INTRODUÇÃO
Esse texto decorre de uma pesquisa para cumprimento da disciplina Projeto
Viver, parte curricular do curso de Supervisão, Orientação
e Gestão Escolar, especialização, em
nível de pós graduação na ESUCRI- Criciúma SC.
Ao me deparar com o tema, por
desconhecê-lo completamente me debrucei em uma investigação de cunho
exploratório. Onde obtive resultados necessários para poder direcionar tal trabalho.
Portanto, fiz contato com pessoas ligadas à área e obtive como resposta a
dificuldade em conseguir base teórica. Em contato com a própria empresa Dinsmore
Associates, e consultando seu site, pude direcionar melhor a investigação.
A principal fonte que temos por aqui no Brasil é o livro: TEAL -
Treinamento Experiencial ao Ar Livre de Paul Campbell Dinsmore, informado pela
própria Empresa.
Por meio da pesquisa exploratória foi possível identificar o autor de tal
metodologia e saber que está instalado no Brasil com a empresa Dinsmore
Associates no Rio de Janeiro desde a década de 1990.
Portanto, agora havia alguns indícios para iniciar meu projeto
questionando: o que levou a Dinsmore Associates a optar pela metodologia TAL?
Com o seguinte objetivo, organizar um
escopo teórico metodológico do treinamento ao ar livre - TAL, praticado pela
Empresa.
Sendo o TAL uma proposta que se resume em um conjunto de atividades
lúdicas, destarte com propósitos estratégicos definidos de convivência em
situações adversas e de desafios, especificam-se os objetivos desta pesquisa:
indicar o fundador de tal proposta; contextualizar o momento histórico inicial
e presente de Campbel Dinsmore.
Toda pesquisa científica precisa estar balizada em uma metodologia capaz
de sustentar o seu desenvolvimento. Portanto, é uma pesquisa básica,
exploratória e descritiva. Cujo procedimento técnico é bibliográfico,
predominantemente qualitativa na abordagem do problema.
2. AS
ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS E SEUS TREINAMENTOS
A modernidade traz consigo a industrialização. No caso a produção até então
artesanal e de manufatura cede lugar às máquinas. Contudo, o homem é ainda um
ser necessário ao processo de produção. Nos setores primários, secundários e
terciários o homem ocupa um lugar de destaque, pois sua criatividade é
fundamental ao processo.
Kielwagen (2007) afirma ser fundamental às organizações a recepção aos
novos colaboradores. Pois quanto mais rápido e eficiente for a integração desses
à proposta da empresa, por conseqüência, maior será a socialização com os
colegas e com sua função. O autor segue sua argumentação na defesa de que é
necessário um programa que vise alcançar os objetivos de reduzir a ansiedade
das pessoas, também a rotatividade, economizar tempo e desenvolver expectativas
realista.
O desenvolvimento de um colaborador em uma empresa, ao mesmo tempo, é
decorrente do esforço da mesma a fim de proporcionar o treinamento certo para
sua equipe. Deste modo, de acordo com Kielwagen (2007) deve se partir de um
diagnóstico e da escolha de um método considerado pela empresa, produtivo.
De acordo com Ribeiro (2007) a gestão de pessoas é o espaço na empresa
designado em desenvolver as atividades relacionadas às pessoas. Pois são essas
que formam uma organização.
Uma das preocupações das atuais corporações é resolver conflitos sem
utilizar a força e o poder e, sim, levar as pessoas à auto-análise, conseguindo
trabalhar em colaboração com os demais funcionários de um mesmo setor.
Campbell (2005) afirma que um conflito é positivo quando ajuda
solucionar problemas, contribuindo para o desenvolvimento das pessoas e dos
objetivos institucionais. Isso na contemporaneidade. O autor segue sua reflexão afirmando que os
conflitos tendem a distorcer o comportamento das pessoas, por vezes levando
essas a busca de justificativas e não de valores.
Para Campbell (2005) a melhor forma de resolver conflitos é pela
colaboração, pois não busca vencedores e nem vencidos. Porquanto as partes
envolvidas buscam soluções que sejam as melhores para todos, assim há a
responsabilidade e comprometimento do coletivo na busca de soluções.
A proposta da resolução de conflitos, por meio da colaboração, deve ser
planejada. Para tanto a equipe responsável deve ter um conhecimento suficiente
sobre as diferentes características humanas.
Para o autor referido, várias são as teorias que vem estudando o
comportamento humano. “Muitas dessas opiniões têm sido agrupadas em teorias
comportamentais de gerenciamento, as quais fornecem explicações para o
comportamento humano quando as pessoas estão organizadas de uma maneira
estrutural para alcançar metas estabelecidas”. (CAMPBELL, 2005, p.154)
Deste modo, ainda de acordo com o
autor, alterar comportamento individual é conflituoso, alterar comportamento de
um grupo demanda conhecimento, paciência e persistência por parte de todos.
3.
DINSMORE ASSOCIATES E O TAL
O que é o TEAL? De acordo com a página da referida Empresa. http://www.dinsmorecorp.com/br/teal/teal O TEAL (Marca Registrada a Dinsmore Associates) (Treinamento Experiencial ao Ar Livre) é considerado uma revolução em educação empresarial. Trazido dos Estados Unidos para o Brasil na década de 1990 por Paul Campbell Dinsmore, provocou uma mudança na maneira de pensar em treinamento, onde se trabalha o aspecto de que são as pessoas e não os processos que fazem a diferença.
Em sua página http://www.dinsmorecorp.com/br/teal/teal
a Empresa segue: Trata-se de uma ferramenta insuperável
para a formação de equipes altamente entrosadas, capazes de planejar, tomar
decisão e agir rapidamente, quando a velocidade da ação é a chave do sucesso.
Objetivos - Na realização do TEAL busca-se, através de atividades vivenciais,
realizar um processo de mudança de comportamento, onde a equipe sempre deverá
pensar na forma do todo.
Criado pela
Dinsmore Associates em 1992, com a introdução no mercado brasileiro da
metodologia outdoor training pelo
consultor Paul Campbell Dinsmore, o teal® provocou evolução e evoluiu durante
os anos firmando-se como uma ferramenta de aplicações variadas e resultados
diferenciados.
Todas as
competências a serem desenvolvidas nos profissionais são trabalhadas em eventos
de até 20 horas, compostos por aulas teóricas em sala e atividades ao ar livre
seguidas de Debriefings de
aprendizado. Um diagnóstico elaborado pela equipe Dinsmore para identificar
quais competências devem ser desenvolvidas é o início do trabalho.
3.1Paul
Campbell Dinsmore
Criador do
Teal, precursor dos treinamentos ao ar livre oferecidos hoje no mercado, ele é
autor de 18 livros sobre temas de gestão.
Conferencista e consultor
empresarial na América do Norte, Ásia, África, América Latina, Europa e Brasil,
é considerado referência internacional em gerenciamento de projetos e uma
autoridade em gestão de mudança organizacional.
http://www.dinsmorecorp.com/br/teal/teal
É formado em engenharia
pela Texas Tech University e completou o Programa de Gerenciamento
Avançado em Harvard. Pós-graduado em Administração de Empresas pela
Fundação Getúlio Vargas, é autor de livros com publicações no Brasil, Estados
Unidos, Japão e Coréia.
Em contato com a referida Empresa se obteve a
informação sobre o Livro Gerente de Projetos de Campbell que possui agora sua
primeira versão em português Manual de Gerenciamento de Projetos. Afirmando que
esse livro é a referência para quem trabalha, ou pretende trabalhar, com
gerenciamento de projetos.
Aborda os conceitos básicos do
Gerenciamento de Projetos, incluindo as disciplinas fundamentais e os processos
requeridos para assegurar que os projetos sejam executados com sucesso,
contendo modelos definitivos, estudo de casos, conselhos dos mais destacados
profissionais, com experiência em áreas como as de desenho adequado de
estruturas organizacionais, geração e manutenção do trabalho em equipe e gestão
do ciclo de vida do projeto, e soluções em profundidade para dilemas
específicos do segmento de gerenciamento de projetos.
Dessa
forma, de acordo com o site http://www.dinsmorecorp.com/br/teal/teal
o
Manual de Gerenciamento de Projetos torna-se uma ferramenta essencial para
profissionais que desejam obter sucesso em seus projetos, ou mesmo ingressar na
área de Gerenciamento de Projetos. Além disso, é um guia indispensável para
quem pretende fazer o exame de certificação PMP, com capítulos que correspondem
especificamente àqueles que se encontram na mais recente edição do PMBOK®
Guide.
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
O
estudo permitiu fazer asseverações significativas sobre o tema. As empresas
sempre buscaram aprimorar sua produção, no entanto, focado no poder e
autoritarismo. Fazendo com que os colaboradores não se percebessem como
pertencentes à organização.
Com o avanço da ciência as teorias buscaram traçar um perfil do
comportamento humano, destacando características fundamentais que pudessem
auxiliar profissionais do recursos humanos a desenvolver uma metodologia que
compreenda o funcionário como um sujeito de sentimento, emoções, que pensa e,
que, portanto, pode auxiliar na busca de soluções.
O treinamento, até
então segregado das características do sujeito, dão lugar a uma metodologia que
propicia à equipe a percepção de que um grupo é mais que um amontoado de
profissionais, e uma equipe é responsável pelo todo, portanto devem se conhecer,
se respeitar e colaborar entre si.
O TEAL ou TAL foi devolvido
por Paul Dinsmore, diretor presidente da Dinsmore Associates com sede no Brasil. O treinamento
é desenvolvido ao ar livre proporcionando aos participantes a oportunidade de
aprender a perceber as necessidades dos demais e poder colaborar com os mesmos.
Entendo que essa
pesquisa não se esgota aqui. Foi apenas uma oportunidade de conhecer uma
metodologia que pode ser utilizada não apenas em empresas, contudo em outros
setores onde haja a necessidade de aprimorar a convivência em grupo com mais
colaboração e solidariedade.
5.Referências
DINSMORE, Paul Campbell. Gerenciamento de projeto e
o fator humano: conquistando resultados através das pessoas. Rio de janeiro:
Qualitymark, 2005.
RIBEIRO, Elizete Inez Boing. Gestão de pessoas.
Associação educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Ed. ASSELVI, 2007.
KIELWAGE, Edson Klaus. Administração de Recursos
Humanos. Associação educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Ed.
ASSELVI, 2007.
Página da Dinsmore Associates. Disponível em: http://www.dinsmorecorp.com/br/teal/teal.
Acesso Nov. 2012.
AMA-Manual de Gerenciamento de Projetos.
Disponível em:
Acesso Nov. 2012.
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