segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Necessidade do Planejamento na prática Escolar

The importance of school planning
                                                                      Maria Helena  

          Planejar faz parte das atividades humanas, pois planejar significa estudar uma situação, refletir sobre a mesma, ou seja, há uma operação mental neste ato de estudo. Em qualquer atividade planejamos, inclusive quando compramos um par de sapatos: verificar modelos, preços e necessidade da aquisição.
          O planejamento está presente em todas as atividades escolares, mesmo que não haja consciência disto. Houve uma intenção, houve planejamento. Ainda que não seja escrito. A importância do registro se dá pela pela necessidade de se "fazer" memória.
          O Projeto Político-pedagógico (PPP) é um planejamento que, neste caso, envolve toda a escola: professores, direção, pais, funcionários e estudantes. Este processo é fundamental, pois é elaborado um diagnóstico, verificando as necessidades da escola para poder prever metas e ações. O PPP é mais que o documento pronto é, portanto, o movimento de estudo, onde a escola se posiciona filosófica e pedagogicamente diante da realidade.
        O ato de planejar permite ao professor a organização de seus tempos e espaços, pois, normalmente, leciona em mais de uma turma e mais de uma escola. Permite, ainda, que não caia na improvisação, proporcionando mais segurança ao docente.
        O desenvolvimento de um planejamento implica em prever uma forma de avaliação do mesmo, quer em um plano geral da escola, quer na especificidade de um professor com o seu plano de ensino. Avaliar o plano significa analisá-lo em todos os seus aspectos, nos seus múltiplos elementos: objetivos, professores, alunos, metodologia e a própria avaliação. Caso contrário, a avaliação cairá somente sobre o aluno em seu aspecto cognitivo, no domínio de conteúdos.
        Avaliação e planejamento são processos imbricados um no outro, não há planejamento que não tenha passado por uma avaliação de realidade. Como não há avaliação que não tenha sido planejada.


Planejar requer sempre:
 Um estudo apurado acerca da realidade;
 Elaboração de um diagnóstico;
 Indicação das necessidades;
 Proposta de objetivos a médio e longo prazo;
 Elaboração de uma metodologia condizente;

Portanto, exige resposta às perguntas:
 Quem planeja?
 Por que planejar?
 Para que e a quem se planeja?
 Como se planeja?

Ao planejar uma aula o professor deve levar em conta:
 O PPP da escola;
 As características e necessidades dos alunos;
 Os objetivos gerais de sua disciplina;
 A observação da adequação dos conteúdos com a metodologia;
 A previsão de avaliação;
 As condições concretas da escola;

Questões norteadoras para a elaboração do Marco Pedagógico:

1. Qual a importância da disciplina que você leciona na vida/formação de um sujeito?
2. Quando e por que (esta disciplina) passou a fazer parte do currículo escolar?
3. De que forma esta disciplina se articula ao PPP e demais documentos pertinentes?
4. Quais são os objetivos gerais desta disciplina?
5. Os objetivos por série/fase/módulo/bloco?
6. Diante disso, que conteúdos favorecem tais objetivos? Citar.
7. Qual a metodologia mais indicada para trabalhar com esta faixa etária? Fundamente.
8. Qual a proposta de avaliação mais coerente? Explique. Indique os critérios e instrumentos necessários?
9. Referências:
Obs- as perguntas servem como base para o desenvolvimento do texto.

Questões norteadoras para a elaboração de um plano de aula:

1. Indicar os Pontos de observação:
2. Descrever o(s) objetivo(s) da aula (operações mentais)
3. Conteúdos
4. Recursos e técnicas
5. Avaliação – técnicas, instrumentos, indicadores
6. Tarefas para os alunos
7. Encaminhamentos para as próximas aulas (o que o professor já pode prever).

Questões norteadoras para a elaboração de projeto:

1. Tema: (decorrente de uma problemática ou algo que chama atenção do grupo)
2. Subtemas: o grande tema pode ser dividido em pequenos temas
3. Justificativa: qual a importância em estudar este tema, o por que?
4. Objetivo geral: para que? O que se pretende alcançar com este estudo?
5. Objetivos específicos (pode ser de acordo com os subtemas)
6. Fundamentação teórica: o que os autores trazem sobre este item.
7. Metodologia: de que forma se pretende trabalhar, justificando teoricamente, características e necessidades da faixa etária envolvida.
8. Avaliação: como saber se os objetivos estão sendo alcançados, quais critérios, indicadores e instrumentos serão utilizados.


Referências:
GANDIN. Danilo. A prática do planejamento participativo. Petrópolis. Vozes. 2001.
LUCKESI, Cipriano Carlos. o que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Porto Alegre. 2000.
MELCHIOR, Maria Celina. avaliação pedagógica: função e necessidade. 2.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999. 150 p.
MENEGOLLA, Maximiliano . SANTANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como Planejar? Petrópolis. Vozes. 2000.
ROMÃO, José Eustáquio. avaliação dialógica: desafios e perspectivas. 2 ed. São Paulo: Ed. Cortez, 1999. 136p.
VASCONCELOS, Celso dos S. avaliação da aprendizagem – praticas de mudança: 3 ed. são paulo: libertad 1998.

3 comentários:

  1. O texto nos faz refletir sobre o eu, primeiro temos que nos conhecer em seguida saber escutar, ouvir e olhar atento o que envolvem uma AÇÃO altamente movimentada, reflexiva, estudiosa. A reflexão nos cerca da intencionalidade que está por trás do ato de observar. Os objetivos que temos de fato é buscar nossas metas para isso direcionar o olhar para aprendizagem individual, coletiva, ter uma dinâmica na construção dos encontros, foco da coordenação em relação ao seu desempenho que pretendemos alcançar. Como diz Vygotsky redescobrir-se e ter uma visão bem mais ampla um conjunto de capacidades intelectuais (Jean Piaget) que realmente venha contribuir para uma prática pedagógica transformadora. Excelente texto motivador e faz com que busquemos novas ideias para interagir com toda população envolvida na Educação.

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  2. Eu sou Walderson José da Silva,
    O texto nos faz refletir sobre o eu, primeiro temos que nos conhecer em seguida saber escutar, ouvir e olhar atento o que envolvem uma AÇÃO altamente movimentada, reflexiva, estudiosa. A reflexão nos cerca da intencionalidade que está por trás do ato de observar. Os objetivos que temos de fato é buscar nossas metas para isso direcionar o olhar para aprendizagem individual, coletiva, ter uma dinâmica na construção dos encontros, foco da coordenação em relação ao seu desempenho que pretendemos alcançar. Como diz Vygotsky redescobrir-se e ter uma visão bem mais ampla um conjunto de capacidades intelectuais (Jean Piaget) que realmente venha contribuir para uma prática pedagógica transformadora. Excelente texto motivador e faz com que busquemos novas ideias para interagir com toda população envolvida na Educação.

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  3. A concepção voltada para a reflexão sobre a prática pedagógica, promove uma série de mudanças no perfil do profissional da educação

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