quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

FELIZ ANO (LETIVO) NOVO

                                                      Maria Helena


       Olá colegas da área da educação. É com muito respeito que trago uma reflexão para o início do ano letivo. 

      Entendo que falarei partindo da minha janela, de onde eu me encontro em minha trajetória. Reconhecendo que cada um/a receberá a partir de sua história. Porque vamos nos tecendo à medida em que estudamos a teoria, a colocamos em prática e refletimos. Temos um contexto que oferece os elementos com os quais interagimos, portanto, a caminhada individual reconhece o seu coletivo.

     Diante ao exposto, para a travessia do ano letivo, de uma forma mais leve, devemos planejá-lo. Não estou tratando do planejamento de aula e, sim, de uma observação maior. De uma conversa consigo mesmo/a, sobre o que representa o ato de ensinar na atualidade; que profissão é esta, a docência; em que medida estou, de fato, presente em minha vida; ou estou ligando o "automático".  

    Todo início de ano estamos cheios de expectativas, formação continuada, reuniões, preparar decoração da escola, das salas, revisão do regimento, apresentação dos novos docentes, aquisições, mudanças, etc... No entanto, por vezes, o "automático" ligou mesmo durante o início, como a criança quando acorda do sonho e não acredita que não é real.

     Em Minhas falas (palestras)  costumo dizer: venho falar do que eu vivi, do que experimentei, daquilo que fiz com o que me foi oferecido. Os textos, neste Blog, são filtrados por minha realidade, tentando ampliá-la. Trabalhei da educação infantil ao superior, periferia, centro, particular, filantrópica, com toda forma de vínculo empregatício. Ciente das transformações locais ao global. Assim, cada enredo que nos é oferecido podemos analisá-los, antes de tomarmos uma posição de gratidão e alegria, de frustração ou tristeza e a percepção somente das limitações que a realidade nos oferece.

   Vamos verificar com verdade, se o que pensamos sobre o nosso local de trabalho, não é o que pensamos da própria vida, do mundo, das pessoas. Vamos ouvir as nossas verdades mais secretas...em nenhum momento estou falando em aceitação de tudo que está posto. Caso contrário eu não estaria sendo autêntica. Me refiro a perceber qual a cultura instalada em minha escola, quem alimenta esta cultura? Qual a história da escola? Qual o meu papel, neste momento, neste espaço?

    Por vezes, estamos repetindo um discurso que nem nós sabemos o que, de fato, estamos falando sobre ser docente/gestor. Algumas situações, repetimos nossa prática como se não houvessem outras alternativas, principalmente no relacionamento interpessoal entre colegas, gestão, estudantes e outros. Outras vezes, não percebemos que o outro é um Ser, como Eu, se beliscar dói, tanto quanto...

  Um planejamento bem elaborado pelo Ser consigo é tão necessário quanto a revisão do Planejamento Geral da Instituição.

   A gestão, no sentido cima citado, detém um grande compromisso ao elaborar a semana de formação que antecede o início das aulas e durante o ano letivo.

   Que seja um ano leve para todos.